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Ajuda a Portugal não alivia pressão sobre Zona Euro

Resgate a Portugal colocaria Espanha no olho do furacão. E depois Itália. E assim sucessivamente. Até haver plano credível.

11 de Janeiro de 2011 às 00:01
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Um empréstimo da Europa e do FMI a Portugal que coloque o País fora do mercado não evitará o contágio da crise de dívida aos outros membros mais fragilizados da Zona Euro. Pelo contrário, evidenciará as debilidades estruturais com que a União Europeia se defronta, e que ajudaram a alimentar a dramática crise de dívida no Velho Continente.

Esta é a opinião de um conjunto de economistas ouvidos pelo Negócios, que, a favor da sua tese, invocam os exemplos recentes da Grécia e da Irlanda: resgatar país a país apenas tem adiado a intervenção no seguinte, com a agravante de, neste caso, o senhor que se segue dar pelo nome de Espanha, uma economia que, para ser salva, deixaria os cofres do fundo europeu de estabilização financeira (FEEF) novamente vazios.

"Um resgate a Portugal está longe de garantir a estabilização da Zona euro" diz Diego Iscaro, responsável pela análise da economia portuguesa na IHS Global Insight. Isto porque os investidores passariam de seguida a olhar para Espanha e, nesse caso, "a ansiedade no mercado até poderia aumentar", pois "não há certezas de que o fundo europeu seja grande o suficiente", avisa, numa opinião que é secundada por Luza Mezzomo, do Intesa Sanpaolo, que sublinha o facto de os mercados saberem que "não há um plano B credível".

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