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Acordos com municípios para nova habitação já somam 25.800 fogos

O Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana conta já com 71 contratos assinados com câmaras municipais no âmbito do programa 1º Direito. No conjunto, estão previstos 25.800 fogos. Necessidades de habitação condigna no país ultrapassam muito as 26 mil previstas em 2018, diz António Costa.

José Sena Goulão/Lusa
09 de Julho de 2021 às 13:49
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Os acordos com os municípios no âmbito do programa 1º Direito, para responder às necessidades de habitação condigna no país já somam 71, num investimento para 25.800 fogos, contabilizou esta sexta-feira o primeiro-ministro.


António Costa falava no encerramento da cerimónia de assinatura do protocolo para a afetação dos imóveis identificados à promoção de habitação acessível, que juntou os ministros da Defesa, João Gomes Cravinho e das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos, bem como o secretário de Estado do Tesouro, Miguel Cruz.


O número de habitações previstas "ultrapassa largamente" as 26 mil habitações que foram previstas em 2018, sublinhou António Costa. Na altura, recorde-se, os municípios foram chamados a identificar as necessidades de habitação nas suas áreas geográficas. "Hoje já percebemos que temos de contar com muito mais que 26 mil fogos", disse António Costa.


"Com o financiamento a 100% a fundo perdido aos municípios [possível graças aos fundos do PRR]  podemos acelerar e ir mais além do que poderíamos ir se não tivéssemos este programa e cada família poderá dispor de uma habitação em condições condignas", acrescentou o primeiro-ministro. 


"Este é um pilar fundamental no nosso plano de recuperação". "Há necessidades de habitação que permanecem e novas que surgem e o PRR financia desde residências estudantis, até residências de cuidados continuados integrados", também de aproveitamento de edifícios militares e um investimento desenvolvido pela Santa Casa, enumerou António Costa, lembrando ainda que "o investimento em habitação tem uma componente de ativação económica e de potencial de absorção do desemprego muito significativo".


A taxa de esforço que as famílias têm para suportar os custos com habitação é uma preocupação, continuou António Costa. "Há concelhos onde a percentagem do rendimento disponível das famílias para aceder à habitação excede os 40% e nalguns casos atinge mesmo os 60%", lamentou. "Ora a taxa de esforço não deve ser superior a 30% e temos de investir para responder a esta falha de mercado".


Os preços altos trazem também outros problemas, como "o csto da habitação para agentes da PSP na área metropolitana de Lisboa ou o custo da habitação no Algarve que é muito elevado e complica as necessidades de atrair e fixar profissionais de saúde na região", exemplificou o primeiro-ministro. "E o Estado tem aqui um grande contributo a dar, que é o reaproveitamento do seu património devoluto ou a reafetação de imóveis que não são necessários".

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