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59,6% dos catalães dizem-se a favor da independência

Mais de metade dos cidadãos catalães são a favor da independência da região. O referendo oficial está marcado para 9 de Novembro. Na Escócia a consulta popular sobre a independência acontece a 18 de Setembro. Veneza está a acompanhar de perto os movimentos independentistas destas regiões.

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Negócios 18 de Março de 2014 às 12:46
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59,6% dos habitantes da Catalunha dizem-se a favor de que a região autónoma espanhola se torne num Estado Europeu, concluiu o inquérito do Centro de Estudos de Opinião de Generalitat, noticia o jornal El Mundo.

 

A sondagem revela também que 87% dos inquiridos aceitaria qualquer decisão resultante de um referendo.

 

À pergunta “está a favor de que a Catalunha seja um Estado da Europa nos próximos anos” 954 dos 1600 inquiridos responderam que sim. 475 dos participantes disseram-se contra a independência da região e os restantes 10,6% não sabe ou não respondeu à questão.

 

87,3% dos cidadãos questionados aceitariam o resultado de uma consulta soberana, 9,3% não o faria, revela o El Mundo.

 

Em Dezembro de 2013, os partidos políticos que representam 65% do Parlamento catalão agendaram o referendo sobre a independência da comunidade para 9 de Novembro de 2014.

 

Artur Mas, presidente do governo da Catalunha, escreveu ,em Dezembro do ano passado, aos líderes dos países e instituições da União Europeia (UE) pedindo-lhes que apoiem o referendo sobre a independência da região, depois de lhes assegurar que a consulta popular decorre da vontade do povo catalão e não viola a Constituição, ao invés do que o Governo de Madrid alega.

 

O referendo não foi autorizado por Madrid. "O que alguns partidos planearam é radicalmente contrário à Constituição e a lei dessa iniciativa choca com o fundamento da Constituição que é a unidade indissolúvel da nação espanhola, pelo que o Governo a que presido não pode autorizar nem negociar algo que é propriedade dos espanhóis”, asseverou o primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy.

 

Em caso de independência, a Catalunha terá de renegociar a sua presença na UE e noutras instituições internacionais.

 

Escócia com referendo marcado

 

Também a Escócia tem referendo marcado. A consulta popular promovida pelo independentista Partido Nacional Escocês, que se irá realizar no próximo dia 18 de Setembro, poderá ditar a saída da Escócia do Reino Unido.

 

Têm sido, até agora, várias as posições que parecem, de alguma forma, condicionar o resultado dessa mesma votação. A própria União Europeia (UE) terá tentado condicionar o referendo pela voz do presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso. "será extremamente difícil, senão impossível" a adesão de uma Escócia independente à UE, considerou o responsável.

 

Veneza influenciada por movimentos independentistas

 

Em Veneza também se realizam sondagens para apurar a vontade de independência dos habitantes da região. No passado domingo, 16 de Março, votaram quase 500 mil cidadãos por telefone, online ou em centros de voto abertos nas principais cidades da região num inquérito promovido por um comité de cidadãos, o Plebescito.eu, noticiou o jornal Público.Há sondagens que indicam que até dois terços dos quatro milhões de eleitores da região do Veneto favorecem uma separação do resto de Itália, segundo a BBC, citada pelo jornal português.

 

A dívida pública, os números do desemprego, a quantidade de suicídios em Veneto e a protecção da “cultura e identidade” da região são os principais argumentos do Partido da Independência que defende um referendo no futuro e acompanha de perto as evoluções dos processos da Escócia e da Catalunha.

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