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25% das famílias sem meios para aguentar subida do preço da casa

Com um quarto das famílias a consumir o rendimento que recebem, Portugal emerge como um dos países mais vulneráveis a choques de preços. O facto de esmagadora maioria dos créditos à habitação terem sido contratados com taxas variáveis é um dos fatores.

A estratégia do BCE para travar a inflação está a penalizar as taxas que servem de indexante aos contratos de crédito à habitação em Portugal.
João Cortesão
13 de Fevereiro de 2023 às 09:32
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Um quarto das famílias tem pouca ou nenhuma riqueza para líquida para fazer face a um aumento inesperado dos preços da habitação, avança, esta segunda-feira, o Público.

Segundo o jornal, a percentagem fica dentro da média da União Europeia, mas há especificidades que fazem com que Portugal acabe por ser um dos países mais vulneráveis a este nível, como o peso da habitação no orçamento ou o facto de mais de 90% dos créditos à habitação terem sido contratados com taxas variáveis.

"Um casal que tenha comprado uma casa por 136 mil euros em Fevereiro de 2021, com uma taxa de juro de 0,5% (que era o que pagava quando a Euribor era negativa) pagava uma prestação de 350 euros. Estamos a falar de há dois anos. Neste momento, paga 600 euros", exemplifica Pedro Brinca, investigador da Universidade Nova SBE, citado pelo diário.

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