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O dia num minuto: Salgado libertado, dono da Luz Saúde detido e Banif à venda
Ricardo Salgado deixou de estar em prisão domiciliária. Guo Guangchang, líder da Fosun, foi detido. Banif confirma que está em processo de venda. E ainda sugestões para o fim-de-semana.
Ricardo Salgado vai ser libertado. O antigo presidente do BES vai deixar de estar em prisão domiciliária, medida de coacção que lhe foi aplicada há quase cinco meses, depois de o banqueiro ter sido constituído arguido nas investigações ao Universo Espírito Santo, confirmou o Negócios. A libertação de Salgado era esperada depois de o juiz Carlos Alexandre ter decretado a redução a metade a caução de três milhões de euros aplicada ao banqueiro no caso Monte Branco, relativo a suspeitas de fuga ao fisco e branqueamento de capitais. A decisão, do início de Novembro, foi tomada na condição de os 1,5 milhões restantes se destinarem a prestar caução no caso Universo Espírito Santo.
Líder da Fosun está detido. O milionário chinês Guo Guangchang, fundador e presidente da Fosun, está detido devido a "investigações judiciais", confirmou esta sexta-feira o grupo chinês que controla a Fidelidade e a Luz Saúde em comunicado publicado na Bolsa de Hong Kong. "A empresa tem informação que o sr, Guo está a colaborar com certas investigações judiciais levadas a cabo pelas autoridades judiciais" da República Popular da China, revela a Fosun, adiantando que o presidente "pode continuar a participar nas decisões mais da companhia através dos meios apropriados".
Venda do Banif já está em marcha. O Banif tem em curso "um processo formal e estruturado tendente à selecção de um investidor estratégico", avança o banco em comunicado divulgado esta sexta-feira, confirmando que a venda da posição do Estado está em marcha, como o Negócios noticiou em primeira mão. Em causa está a alienação dos 60,53% que o Tesouro tem no Banif. Os potenciais interessados já estão, neste momento, a ter acesso a informação financeira detalhada sobre o banco e a apresentações temáticas com a equipa de gestão. Em breve, os potenciais candidatos serão chamados a apresentar ofertas únicas vinculativas. Como o Negócios adiantou, já há um calendário definido para a entrega das propostas, mas não foi possível apurar qual a data em causa.
Descodificador Banif. O Estado tem 60% do Banif e a instituição liderada por Jorge Tomé vai iniciar, pela primeira vez, de forma formal o processo de venda. Maria João Gago, redactora principal do Negócios, explica o que está a avançar. Veja o vídeo.
Retalho da Jerónimo com novos líderes. A Jerónimo Martins vai proceder a mudanças na direcção das suas cadeias de retalho – a Biedronka, responsável por dois terços das vendas do grupo, e do Pingo Doce, rede que a companhia criou em 1980 e que partilha presentemente com os holandeses da Ahold. A liderança da polaca Biedronka vai passar para as mãos de Luís Araújo, actual director-geral do Pingo Doce, substituindo no cargo Pedro Pereira da Silva, que vai deixar o grupo. Por sua vez, o lugar de director-geral do Pingo Doce passará a ser exercido por Isabel Pinto, que até agora tinha o pelouro do desenvolvimento das marcas próprias desta marca e do Recheio. Estas mudanças irão concretizar-se a 1 de Janeiro de 2016.
Empate técnico entre PS e PSD. Se as eleições legislativas tivessem lugar agora, PS e PSD ficariam empatados na primeira posição. A sondagem da Eurosondagem para a SIC e o Expresso, divulgada esta sexta-feira, atribui 33,7% das intenções de voto ao PS, o que representa uma subida de 1,2 pontos percentuais face ao barómetro de Novembro. Já o PSD, avaliado isoladamente pela primeira vez desde as eleições, surge ligeiramente atrás com 33%. Há no entanto duas alternativas que permitem desbloquear este empate técnico. O Bloco de Esquerda aparece em terceiro com 9,5%, com uma descida de meio ponto face a Novembro, enquanto a CDU fica na quinta posição com 7,8%. Tal significa que os partidos da esquerda parlamentar (PS, BE e PCP e PEV) juntos alcançariam 51%.
Isabel dos Santos rejeita acusações da Transparência Internacional. Isabel dos Santos rejeita a classificação que lhe foi dada pela Transparência Internacional. Esta organização colocou a empresária angolana numa lista dos casos de corrupção, divulgada na quarta-feira, por alegado "branqueamento de capitais" e "apropriação de bens do Estado". Sem nunca se referir a esta entidade, a Fidequity (empresa detida por Isabel dos Santos) emitiu esta sexta-feira, 11 de Dezembro, um comunicado em reacção ao que considera ser "a informação falsa veiculada nos últimos dias". No referido comunicado, a Fidequity sustenta que "Isabel dos Santos é uma empresária independente e uma investidora privada, representando unicamente os seus próprios interesses. Os investimentos de Isabel dos Santos em empresas angolanas e/ou portuguesas são transparentes e têm sido realizados através de transacções baseadas no princípio de plena concorrência, envolvendo entidades externas, tais como reputados bancos e escritórios de advogados".
Onde ir no fim-de-semana? Combine Saramago, Sinatra e Oliveira. Junte mais nomes à lista. Variações ou Vivaldi, por exemplo. Deixe envolver estes dias com música, antecipando o Natal. Se preferir explorar outros sentidos, tire umas horas para propostas teatrais mais alternativas. Consulte as sugestões do Negócios.