Notícia
Nível de ameaça inalterado depois de reunião do Sistema de Segurança Interna
O roubo de material militar não obriga a alterar nível de ameaça sobre segurança interna. Governo recebeu ponto de situação do Sistema de Segurança Interna sobre assalto a Tancos.
O nível de ameaça de segurança interna em Portugal mantém-se como moderado, disse esta quarta-feira o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, depois de uma reunião entre as instituições que fazem parte do Sistema de Segurança Interna. O governante, que assume a liderança do Governo devido ao período de férias do primeiro-ministro, garantiu que a imagem externa de Portugal não foi afectada pelo roubo de material militar de Tancos.
"Não temos nenhum elemento que obrigue a alterar o nível de ameaça que está avaliado em moderado para o conjunto do país", disse Santos Silva aos jornalistas depois de feito o ponto de situação pelas várias instituições, onde participaram também como entidades convidadas a Procuradora Geral da República, Joana Marques Vidal, e a Polícia Judiciária.
Apesar da manutenção do nível de ameaça, o ministro dos Negócios Estrangeiros admitiu que "isso não dignifica que não tenham sido já tomadas medidas e que estejam em curso medidas adicionais de reforço da segurança pública e partilha de informações e coordenação das acções" entre as várias entidades responsáveis pela segurança interna.
No entanto, o governante não quis responder à pergunta feita pelos jornalistas se foi reforçado o nível de segurança dos quartéis, explicando a importância de ser "económico" nas informações sobre esta matéria.
O ministro defendeu que a imagem externa de Portugal não ficou afectada porque os parceiros de Portugal sabem distinguir um incidente conjuntural de uma posição estrutural. "Embora Portugal tenha sido vitima de um incidente que é muito grave Portugal continua a ser um dos países mais pacíficos do mundo", disse Santos Silva.
O governante não quis responder a questões sobre a investigação remetendo para a investigação criminal em curso e citou as palavras do Presidente da República para defender que é preciso investigar o que aconteceu "doa a quem doer".