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EUA: Terroristas estão obcecados e querem "abater um avião em pleno voo"

O secretário de Estado da Segurança Interna dos Estados Unidos, John Kelly, reiterou a vontade do seu país de alargar aos voos de todo o mundo proibição de laptops nas cabinas dos aviões.

Reuters
28 de Maio de 2017 às 20:48
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Há já uns dias que tem vindo a lume que a Administração de Donald Trump está a pensar alargar a proibição de uso de laptops nas cabinas dos aviões comerciais que já vigora face a alguns países, sobretudo do Médio Oriente e Norte de África.

 

No passado dia 11 de Maio, a agência noticiosa britânica Reuters e o website norte-americano de notícias e opinião The Daily Beast davam conta de que o governo norte-americano estava a ponderar expandir, para incluir países europeus, uma interdição que já aplica a alguns países, maioritariamente do Médio Oriente e do Norte de África: o uso, nas cabinas de voo dos aviões comerciais, de computadores portáteis (laptops), tablets e outros aparelhos electrónicos.

 

Entretanto, na semana passada, o Financial Times avançava que a ideia já passava por estender essa interdição a todos os voos de qualquer parte do mundo para os Estados Unidos.

 

Agora, em declarações à Fox News, o secretário de Estado da Segurança Interna dos Estados Unidos, John Kelly (na foto, com Donald Trump), reiterou essa intenção, dizendo que os terroristas estão "obcecados" com a ideia de abater um avião, "especialmente se for uma companhia aérea norte-americana, especialmente se estiver repleto de norte-americanos".

Segundo Kelly, a Administração Trump pensa banir os laptops e outros aparelhos electrónicos das cabinas dos passageiros em todos os voos internacionais que saiam dos EUA ou que tenham os EUA como destino. 

"Existe uma ameaça real", declarou John Kelly à Fox News, sublinhando que os EUA irão "elevar a fasquia" em matéria de segurança na aviação.

Em Março passado, recorde-se, os Estados Unidos anunciaram restrições aos laptops e tablets nos voos provenientes de 10 aeroportos, incluindo dos Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Qatar e Turquia.

 

Essa interdição teve sobretudo a ver com os receios dos norte-americanos de que haja terroristas que encontrem formas de transformar os computadores portáteis em bombas capazes de derrubar um avião.

 

O alargamento desta proibição tem estado a ser estudado e ainda não está concluído porque se está a avaliar a melhor forma de garantir que as baterias de lítio armazenadas juntamente com a bagagem não explodem em pleno voo.

 

A questão dos computadores portáteis nos aviões comerciais terá também sido um dos temas de conversa no encontro de Donald Trump com o ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergey Lavrov, e o embaixador russo nos EUA, Sergeyi Kislyak – em que supostamente o presidente dos EUA poderá ter comprometido informação secreta e sensível sobre o autoproclamado Estado Islâmico.

 

A Administração Federal de Avião dos EUA reportou 33 incidentes em 2016 relacionados com dispositivos electrónicos pessoais transportados pelos passageiros nas cabinas que provocaram emergências de incêndio durante os voos. Destes, três aconteceram com computadores portáteis e dois com tablets, sendo que dois dos casos mais sérios ocorreram em viagens da Delta e envolveram laptops.



(notícia actualizada às 21:14)

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