Notícia
Quadro "Intrusion" de Vieira da Silva vendido em leilão por 162.500 euros
O quadro "Intrusion", da artista portuguesa Maria Helena Vieira da Silva, foi hoje leiloado pela Sotheby's, em Paris, por 162.500 euros, segundo o sítio 'online' da leiloeira.
07 de Junho de 2018 às 17:46
Trata-se do lote 146 do Leilão de Arte Contemporânea que a Sotheby's está a realizar desde o início da tarde de hoje, e que continua a decorrer, estando por revelar se foi ou não vendido "Fête", outro quadro de Vieira da Silva, com o lote 121, que partia com a estimativa mais elevada.
"Intrusion" tinha uma estimativa de 70 mil a 100 mil euros, enquanto "Fête" vai de 200 mil a 300 mil euros, de acordo com as informações da leiloeira.
Na quarta-feira, também num leilão na Sotheby's, o quadro de Maria Helena Vieira da Silva "Red Houses", atingiu 175 mil euros, ultrapassando o valor máximo da estimativa de 150 mil euros.
Contactada esta semana pela agência Lusa sobre a importância destas obras no contexto da obra da artista portuguesa, Marina Bairrão Ruivo, directora do Museu Arpad Szénes-Vieira da Silva, em Lisboa, disse: "As obras são boas e importantes, sem serem tão importantes, mesmo em dimensões, como as da colecção Brito".
No ano passado, o Estado Português pagou 5,55 milhões de euros por seis quadros de Vieira da Silva aos herdeiros do coleccionador e empresário Jorge de Brito (1928-2006), proprietários das obras, com quem estava em negociações desde 2016.
As seis pinturas em causa - "Novembre" (1958), "La Mer" (1961), "Au fur et à mesure" (1965), "L'Esplanade" (1967), "New Amsterdam I" e "New Amsterdam II" (1970) - estão expostas no Museu Arpad Szènes - Vieira da Silva, em Lisboa.
"Não me parece que o Estado possa fazer este investimento agora", comentou à Lusa a directora do museu.
Fonte do gabinete de comunicação da Direcção-Geral do Património Cultural (DGPC) contactada pela agência Lusa esta semana sobre o eventual interesse do Estado português de participar nos leilões para fazer alguma aquisição, respondeu: "Não há intenção de compra" por parte desta entidade.
"Fête" é um óleo sobre tela datado de 1965, foi apresentado a leilão por um coleccionador particular que o adquiriu à galeria Daniel Varenne, de Paris, por volta de 1974, segundo a leiloeira.
O quadro, com uma dimensão de 65 centímetros por 81 centímetros, foi originalmente colocado pela pintora na galeria Knoedler, de Nova Iorque, em 1966.
"Intrusion", uma pintura de têmpera em papel de 1971, também pertencia a um coleccionador privado, que o adquiriu à galeria da artista, em Paris, a Jeanne Bucher.
Com uma dimensão de 92 centímetros por 63,5 centímetros, tinha um valor estimado entre os 70 mil e os 100 mil euros.
O quadro "Red Houses", vendido na quarta-feira, é uma das têmperas sobre tela apresentadas por Vieira da Silva em 1963, nas galerias Jeanne-Bucher, em Paris, Knoedler, em Nova Iorque, e na Phillips Collection, em Washington.
Com 37 centímetros de largura por 54 centímetros de comprimento, este quadro foi originalmente vendido pela galeria nova-iorquina, e seguiu para a Galeria Albert Loeb, também representada na capital francesa, onde um coleccionador de Milão o adquiriu, de acordo com a genealogia agora apresentada pela leiloeira, que não indica alguma exposição pública da obra nem a passagem por Portugal.
No leilão de arte contemporânea de 06 de Dezembro de 2017, a Sotheby's Paris vendeu outro quadro da pintora, "Rue de la Glacière", um óleo sobre tela de 1955, por 309 mil euros.
No passado mês de Março, o óleo de Vieira da Silva "L'Incendie" atingiu um valor recorde de 2,29 milhões de euros, num leilão da Christie's, em Londres.
Trata-se de um dos quadros emblemáticos da artista, feito em 1944, durante o exílio no Brasil, que fez parte da colecção Jorge de Brito.
Nascida em Lisboa, em 1908, Vieira da Silva mudou-se para a capital francesa quando tinha dezanove anos, para poder estudar durante uma época de grande actividade artística, tendo acabado por se instalar na cidade, onde morreu em 1992.
No final de maio, a Direcção-Geral do Património Cultural publicou em Diário da República um anúncio relativo à proposta de classificação de interesse público da pintura "Les bicycletes ou Les Cycles", de Vieira da Silva, datada de 1951, na posse de um coleccionador privado.
"Intrusion" tinha uma estimativa de 70 mil a 100 mil euros, enquanto "Fête" vai de 200 mil a 300 mil euros, de acordo com as informações da leiloeira.
Contactada esta semana pela agência Lusa sobre a importância destas obras no contexto da obra da artista portuguesa, Marina Bairrão Ruivo, directora do Museu Arpad Szénes-Vieira da Silva, em Lisboa, disse: "As obras são boas e importantes, sem serem tão importantes, mesmo em dimensões, como as da colecção Brito".
No ano passado, o Estado Português pagou 5,55 milhões de euros por seis quadros de Vieira da Silva aos herdeiros do coleccionador e empresário Jorge de Brito (1928-2006), proprietários das obras, com quem estava em negociações desde 2016.
As seis pinturas em causa - "Novembre" (1958), "La Mer" (1961), "Au fur et à mesure" (1965), "L'Esplanade" (1967), "New Amsterdam I" e "New Amsterdam II" (1970) - estão expostas no Museu Arpad Szènes - Vieira da Silva, em Lisboa.
"Não me parece que o Estado possa fazer este investimento agora", comentou à Lusa a directora do museu.
Fonte do gabinete de comunicação da Direcção-Geral do Património Cultural (DGPC) contactada pela agência Lusa esta semana sobre o eventual interesse do Estado português de participar nos leilões para fazer alguma aquisição, respondeu: "Não há intenção de compra" por parte desta entidade.
"Fête" é um óleo sobre tela datado de 1965, foi apresentado a leilão por um coleccionador particular que o adquiriu à galeria Daniel Varenne, de Paris, por volta de 1974, segundo a leiloeira.
O quadro, com uma dimensão de 65 centímetros por 81 centímetros, foi originalmente colocado pela pintora na galeria Knoedler, de Nova Iorque, em 1966.
"Intrusion", uma pintura de têmpera em papel de 1971, também pertencia a um coleccionador privado, que o adquiriu à galeria da artista, em Paris, a Jeanne Bucher.
Com uma dimensão de 92 centímetros por 63,5 centímetros, tinha um valor estimado entre os 70 mil e os 100 mil euros.
O quadro "Red Houses", vendido na quarta-feira, é uma das têmperas sobre tela apresentadas por Vieira da Silva em 1963, nas galerias Jeanne-Bucher, em Paris, Knoedler, em Nova Iorque, e na Phillips Collection, em Washington.
Com 37 centímetros de largura por 54 centímetros de comprimento, este quadro foi originalmente vendido pela galeria nova-iorquina, e seguiu para a Galeria Albert Loeb, também representada na capital francesa, onde um coleccionador de Milão o adquiriu, de acordo com a genealogia agora apresentada pela leiloeira, que não indica alguma exposição pública da obra nem a passagem por Portugal.
No leilão de arte contemporânea de 06 de Dezembro de 2017, a Sotheby's Paris vendeu outro quadro da pintora, "Rue de la Glacière", um óleo sobre tela de 1955, por 309 mil euros.
No passado mês de Março, o óleo de Vieira da Silva "L'Incendie" atingiu um valor recorde de 2,29 milhões de euros, num leilão da Christie's, em Londres.
Trata-se de um dos quadros emblemáticos da artista, feito em 1944, durante o exílio no Brasil, que fez parte da colecção Jorge de Brito.
Nascida em Lisboa, em 1908, Vieira da Silva mudou-se para a capital francesa quando tinha dezanove anos, para poder estudar durante uma época de grande actividade artística, tendo acabado por se instalar na cidade, onde morreu em 1992.
No final de maio, a Direcção-Geral do Património Cultural publicou em Diário da República um anúncio relativo à proposta de classificação de interesse público da pintura "Les bicycletes ou Les Cycles", de Vieira da Silva, datada de 1951, na posse de um coleccionador privado.