Notícia
"O Bairro" de Gonçalo M. Tavares publicado e aplaudido pela crítica em França
O mais extenso projeto literário de Gonçalo M. Tavares, "O Bairro", uma série de dez livros, foi publicado em França num só volume e aplaudido pela critica, que classificou o escritor português como "o Gaudí da linguagem".
08 de Março de 2021 às 11:30
De acordo com a Relógio d'Água, editora que publica atualmente a obra de Gonçalo M. Tavares e está a reeditar os livros desta série, a edição francesa conta com um prefácio de Mathias Énard, "um dos mais importantes escritores franceses, que escreve que, tal como a Saramago, também a ele lhe apetece bater em Gonçalo M. Tavares".
Publicado com o título "Le Quartier, Les Messieurs" ("O bairro, os senhores", em tradução direta), este volume compila os dez títulos da coleção "O Bairro", cada um dedicado a um "senhor" homónimo de um grande escritor: "O Senhor Valéry" (vencedor do Prémio Branquinho da Fonseca), "O Senhor Henri", "O Senhor Brecht", "O Senhor Juarroz", "O Senhor Kraus", "O Senhor Calvino", "O Senhor Walser", "O Senhor Breton", "O Senhor Swedenborg" e "O Senhor Eliot".
No jornal L'Observateur, Didier Jacob considera Gonçalo M. Tavares "o Gaudí da linguagem" e acrescenta sobre "O Bairro": "o grande romancista português trabalha há vinte anos nesta catedral única, onde o único culto prestado é à literatura, e com um humor surpreendente, uma erudição jocosa e uma doçura incomparável".
Para Gladys Marivat, do Le Monde des Livres, Gonçalo M. Tavares é o "prodígio das letras portuguesas" e o 'seu Bairro' é "um dos raros locais onde as restrições devidas ao coronavírus ainda nos permitem viajar".
Christine Marcandier, do Diacritik, considera "O Bairro" uma "série literária, aventura textual e gráfica". "Os inclassificáveis e indispensáveis Senhores são uma delícia de ler, um resumo de risos filosóficos, absurdos mas tão lógicos, insolentes de exactidão e 'charme elegante', um olhar único sobre a barbárie do mundo contra o qual só a inventividade literária pode lutar", acrescenta a crítica literária francesa.
Na Lire, Bernard Quiriny diz que se trata de "um tributo picante à literatura, como uma micro-utopia de papel para nos protegermos do mundo", enquanto Augustin Trapenard fala deste "projecto maluco, este mundo de sonho, este bairro maravilhoso de Gonçalo M. Tavares".
"Um bairro muito real, pois fica na cabeceira de Gonçalo M. Tavares", refere por sua vez Alain Nicolas, em L'Humanité.
Gonçalo M. Tavares, nascido em 1970, é um escritor e professor universitário português, cuja primeira obra foi publicada em 2001. Tem uma rubrica semanal no Negócios, com os Gráficos das Cidades e das Coisas.
Reconhecido pela originalidade dos seus projetos criativos, o autor tem uma outra série, precedente a O Bairro, intitulada "O Reino" e composta por quatro livros.
Multipremiado e aclamado pela critica internacional, Gonçalo M. Tavares tem muitas das suas obras traduzidas em mais de 50 países e adaptadas a projetos diversos como peças de teatro, objetos artísticos, vídeos de arte ou ópera.
Grande parte dos seus livros estão já publicados em França, onde recebeu alguns dos mais importantes prémios como o Prix du Meilleur Livre Étranger, atribuído antes a autores como Elias Canetti, Robert Musil, Orhan Pamuk, John Updike, Philip Roth e Gabriel García Márquez, entre outros.
Os livros de Gonçalo M. Tavares foram originalmente publicados pela Caminho, mas estão agora a ser editados pela Relógio d'Água, tendo sido já publicados "O Senhor Walser" e "O Senhor Brecht", a que se acrescentará em breve "O Senhor Swedenborg", seguindo-se depois outros títulos.
Publicado com o título "Le Quartier, Les Messieurs" ("O bairro, os senhores", em tradução direta), este volume compila os dez títulos da coleção "O Bairro", cada um dedicado a um "senhor" homónimo de um grande escritor: "O Senhor Valéry" (vencedor do Prémio Branquinho da Fonseca), "O Senhor Henri", "O Senhor Brecht", "O Senhor Juarroz", "O Senhor Kraus", "O Senhor Calvino", "O Senhor Walser", "O Senhor Breton", "O Senhor Swedenborg" e "O Senhor Eliot".
Para Gladys Marivat, do Le Monde des Livres, Gonçalo M. Tavares é o "prodígio das letras portuguesas" e o 'seu Bairro' é "um dos raros locais onde as restrições devidas ao coronavírus ainda nos permitem viajar".
Christine Marcandier, do Diacritik, considera "O Bairro" uma "série literária, aventura textual e gráfica". "Os inclassificáveis e indispensáveis Senhores são uma delícia de ler, um resumo de risos filosóficos, absurdos mas tão lógicos, insolentes de exactidão e 'charme elegante', um olhar único sobre a barbárie do mundo contra o qual só a inventividade literária pode lutar", acrescenta a crítica literária francesa.
Na Lire, Bernard Quiriny diz que se trata de "um tributo picante à literatura, como uma micro-utopia de papel para nos protegermos do mundo", enquanto Augustin Trapenard fala deste "projecto maluco, este mundo de sonho, este bairro maravilhoso de Gonçalo M. Tavares".
"Um bairro muito real, pois fica na cabeceira de Gonçalo M. Tavares", refere por sua vez Alain Nicolas, em L'Humanité.
Gonçalo M. Tavares, nascido em 1970, é um escritor e professor universitário português, cuja primeira obra foi publicada em 2001. Tem uma rubrica semanal no Negócios, com os Gráficos das Cidades e das Coisas.
Reconhecido pela originalidade dos seus projetos criativos, o autor tem uma outra série, precedente a O Bairro, intitulada "O Reino" e composta por quatro livros.
Multipremiado e aclamado pela critica internacional, Gonçalo M. Tavares tem muitas das suas obras traduzidas em mais de 50 países e adaptadas a projetos diversos como peças de teatro, objetos artísticos, vídeos de arte ou ópera.
Grande parte dos seus livros estão já publicados em França, onde recebeu alguns dos mais importantes prémios como o Prix du Meilleur Livre Étranger, atribuído antes a autores como Elias Canetti, Robert Musil, Orhan Pamuk, John Updike, Philip Roth e Gabriel García Márquez, entre outros.
Os livros de Gonçalo M. Tavares foram originalmente publicados pela Caminho, mas estão agora a ser editados pela Relógio d'Água, tendo sido já publicados "O Senhor Walser" e "O Senhor Brecht", a que se acrescentará em breve "O Senhor Swedenborg", seguindo-se depois outros títulos.