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Manuel Alegre é o vencedor do Prémio Camões 2017
O escritor português Manuel Alegre é o vencedor do Prémio Camões 2017, anunciou o Ministério da Cultura esta quinta-feira, 8 de Junho.
No seguimento da reunião do júri da 29ª edição do Prémio Camões, que decorreu no Rio de Janeiro esta quinta-feira, dia 8 de junho, o ministro da Cultura, Luís Castro Mendes, anunciou que o Prémio Camões 2017 foi atribuído ao escritor Manuel Alegre.
Manuel Alegre nasceu em Águeda em 1936 e foi o primeiro português a receber o diploma de membro honorário do Conselho da Europa.
Entre outras condecorações, recebeu a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade (Portugal), a Comenda da Ordem de Isabel a Católica (Espanha) e a Medalha de Mérito do Conselho da Europa, destaca o Ministério em comunicado.
Como poeta, começou a destacar-se nas colectâneas Poemas Livres (1963-1965). Mas o grande reconhecimento nasce com os seus dois volumes de poemas, Praça da Canção (1965) e O Canto e as Armas (1967), apreendidos pelas autoridades antes do 25 de Abril, mas com grande circulação nos meios intelectuais.
Estreando-se na ficção com Jornada de África, em 1989, Manuel Alegre tem hoje uma vasta obra literária, traduzida e publicada em diversos países.
O Prémio Camões, instituído por Portugal e pelo Brasil em 1989, é o maior prémio de prestígio da língua portuguesa. Com a sua atribuição, é prestada anualmente uma homenagem à literatura em português, recaindo a escolha num escritor cuja obra contribua para a projeção e reconhecimento da língua portuguesa.
O júri da 29ª edição do Prémio Camões foi constituído por Paula Morão, professora catedrática da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (Portugal); Maria João Reynaud, professora associada jubilada da Faculdade de Letras da Universidade do Porto (Portugal); Leyla Perrone-Moisés, professora emérita da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (Brasil); José Luís Jobim, professor aposentado da Universidade Federal Fluminense e da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Brasil); pelos PALOP, Lourenço do Rosário, Doutor em Literaturas Africanas pela Universidade de Coimbra e Reitor da Universidade Politécnica de Maputo (Moçambique); José Luís Tavares, poeta (Cabo Verde).