Notícia
Editora cancela sessão lançamento do livro de Saraiva após Passos ter desistido de apresentação
O líder do PSD, Pedro Passos Coelho, pediu a José António Saraiva para "o desobrigar" de estar presente no lançamento do seu livro "Eu e os políticos", o que levou ao cancelamento da apresentação, informou a editora.
Em comunicado enviado na terça-feira, 20 de Setembro, à noite à agência Lusa, a editora Gradiva afirma que o ex-primeiro-ministro Pedro Passos Coelho "pediu ao autor, por motivos pessoais, para o desobrigar de estar presente na sessão de lançamento do livro", prevista para dia 26, às 18:30, no El Corte Inglés, em Lisboa.
A Gradiva afirma que "o livro tem sido objecto de uma polémica, por vezes excessivamente inflamada, nos media e nas redes sociais" e nesse sentido, José António Saraiva e "a editora consideram que o momento exige reflexão e que tudo farão para evitar o que possa contribuir para alimentar novas polémicas".
"Por decisão conjunta do autor e da editora, a cerimónia [de apresentação da obra] foi cancelada", lê-se no mesmo comunicado.
No livro, Saraiva descreve, segundo a editora Gradiva, "um conjunto de episódios polémicos, vividos na primeira pessoa, com diversos políticos e personalidades" portugueses, como Paulo Portas, Mário Soares, Marcelo Rebelo de Sousa, José Sócrates e Pedro Santana Lopes, assim como o actual primeiro-ministro, António Costa, incluindo pormenores mais íntimos e privados.
Na edição de hoje, o jornal i já avançava que Pedro Passos Coelho não iria fazer a apresentação do livro de José António Saraiva, tendo mudado de ideias devido às questões privadas e pessoais tratadas no livro "Eu e os Políticos".
"Esta decisão foi absolutamente inesperada, mas acho compreensível. Metendo-me na pele de Pedro Passos Coelho, é de facto a atitude mais sensata", comentou José António Saraiva ao i.
Recorde-se que Passos Coelho tinha afirmado no sábado passado que não iria voltar com a sua palavra atrás e que iria apresentar o livro do ex-director do Expresso e do Sol, que aborda a vida íntima de políticos e outras figuras públicas.
Passos Coelho tinha também dito que aceitara apresentar o livro sem conhecer o seu conteúdo.