O Bloco de Esquerda criticou hoje a falta de distribuição de filmes portugueses nas salas de cinema nacionais, criticando o que se chamou o monopólio da Zon. Para Catarina Martins, deputada bloquista, acrescentou que o cinema português tem em Portugal uma quota abaixo de 2%, enquanto na Grécia o cinema nacional tem uma quota de 8,6%, na Holanda 15,9%, na Finlândia 27% ou em França 35,7%. Citou outros exemplos.

Para Catarina Martins, "não é por falta de qualidade que o público não tem acesso ao cinema português. É por falta de distribuição. Que país é este em que se vê tanta produção norte-americana? A distribuição e acesso é essencial", declarou.

O secretário de Estado da Cultura respondeu que as quotas não se alteram por decreto, dizendo que esta lei "é uma grande vitória para o cinema. Incluímos pela primeira vez um plano de literacia para o cinema". No próximo ano lectivo 2013/2014, vai haver um Plano Nacional de Cinema, "que vai mudar a literacia e mudar os públicos, não por decreto, mas com trabalho".

Miguel Tiago, deputado comunita, destacou, por seu turno, o papel de muitos cineclubes ou clubes que promovem a divulgação do cinema nacional. Francisco José Viegas anunciou que vai ser criado um fundo para exibição de obras nacionais a ser gerido pelo exibidor.