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Variante britânica recua em Portugal, mas estirpe indiana causa preocupação
O especialista João Paulo Gomes sinalizou que a variante britânica da covid-19 está a perder tração em Portugal, contudo, em contrapartida, a estirpe indiana é motivo de preocupação crescente numa altura em que já se verifica transmissão comunitária da variante.
O microbiologista disse ser "expectável que exista já transmissão comunitária" desta estirpe que é mais transmissível, devendo ter atualmente uma prevalência de 4,7%. Sendo certo que a variante britânica é a mais dominante no país com uma prevalência de 87,2% (era de 91% em maio), João Paulo Gomes notou que esta estirpe está a recuar, enquanto as estirpes brasileira (Manaus) e da África do Sul apresentem prevalências de 3% e de 1,9%, respetivamente.
O especialista explicou que a variante indiana gera apreensão pois "apareceu numa altura em que a população portuguesa já tinha um elevado grau de imunidade" e alertou que o vírus está a "adaptar-se". "É expectável que os vírus agora a circular tenham mutações que consigam de alguma forma ludibriar o nosso sistema imumintário, não completamente, felizmente", afirmou, frisando que ainda assim "conseguem, de alguma forma, transmitir-se e causar algumas infeções".