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Variante britânica recua em Portugal, mas estirpe indiana causa preocupação

O especialista João Paulo Gomes sinalizou que a variante britânica da covid-19 está a perder tração em Portugal, contudo, em contrapartida, a estirpe indiana é motivo de preocupação crescente numa altura em que já se verifica transmissão comunitária da variante.

Mário Cruz/Lusa
28 de Maio de 2021 às 11:31
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A variante indiana da covid-19 causa "preocupação" porque após não ter sido registado qualquer caso em abril, o que foi um "bocadinho surpreendente para todos", entretanto, "de repente, em maio estamos com quase 5% dos casos em Portugal causados por esta variante", apontou João Paulo Gomes, especialista do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, na apresentação feita durante a reunião que decorre, esta manhã, na sede do Infarmed, em Lisboa. 

O microbiologista disse ser "expectável que exista já transmissão comunitária"  desta estirpe que é mais transmissível, devendo ter atualmente uma prevalência de 4,7%. Sendo certo que a variante britânica é a mais dominante no país com uma prevalência de 87,2% (era de 91% em maio), João Paulo Gomes notou que esta estirpe está a recuar, enquanto as estirpes brasileira (Manaus) e da África do Sul apresentem prevalências de 3% e de 1,9%, respetivamente. 

O especialista explicou que a variante indiana gera apreensão pois "apareceu numa altura em que a população portuguesa já tinha um elevado grau de imunidade" e alertou que o vírus está a "adaptar-se". "É expectável que os vírus agora a circular tenham mutações que consigam de alguma forma ludibriar o nosso sistema imumintário, não completamente, felizmente", afirmou, frisando que ainda assim "conseguem, de alguma forma, transmitir-se e causar algumas infeções".

"É este o cenário" em que o país tem vivido e em que continuará a viver, prosseguiu, alertando ainda que as novas variantes vão continuar a aparecer, o que tenderá a ser agravado pela reabertura das fronteiras, razão pela qual pede um "rigoroso controle de fronteiras". 

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