Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Suécia não quis isolamento, mas quebra do PIB é como a do resto da Europa

A economia sueca deve contrair entre 6,9% e 10,1%, quando na Alemanha o esperado é um recuo de 6,5 % e em Itália de 9,1%.

Casper Hedberg
30 de Abril de 2020 às 15:25
  • 9
  • ...

As previsões do banco central da Suécia, o Riksbank, apontam para um ano de 2020 tão ou mais duro economicamente do que para os restantes países europeus, embora este país nórdico tenha optado por não implementar políticas de isolamento tão restritivas.

O Riksbank avança dois cenários possíveis. No primeiro cenário, o produto interno bruto (PIB) contrai 6,9% em 2020 e recupera em 2021, ano em que deverá apresentar um crescimento de 4,6%. O segundo, mais negativo, aponta uma contração de 9,7% no PIB e uma recuperação de apenas 1,7% em 2021.

O cenário mais otimista vê o desemprego aumentar dos atuais 7,2% para 8,8%, mas, no cenário mais pessimista, atinge os 10,1%. A concretização de um ou de outro está dependente de "quanto tempo vai continuar a proliferação da infeção e quanto tempo as restrições para a abrandar vão permanecer implementadas", cita a CNBC.

Em ambos os cenários, a contração na economia sueca é "superior à verificada durante a crise financeira". A queda abrupta dos preços do petróleo e os preços da eletricidade vão contribuir ainda para uma baixa inflação, prevê o banco, que espera que esta se mantenha nos 0,6% em qualquer circunstância.

Fazendo a comparação com pares europeus que tenham implementado medidas de isolamento total, como a Alemanha, França e o Reino Unido, a perspetiva é que estas economias recuem 6,5%, 7,2% e 7% este ano, respetivamente. No caso dos países do Sul, mais afetados pela crise, Espanha antevê uma quebra de 8% e Itália de 9,1%.

A Suécia optou por não avançar com um "isolamento total". Aconselhou os cidadãos a trabalharem a partir de casa se possível mas os restaurantes e bares permaneceram abertos, tendo o cuidado de adotar um maior distanciamento social. As escolas para estudantes abaixo dos 16 anos permaneceram abertas. Ainda assim, as cadeias de fornecimento e os negócios suecos sofreram o abalo da pandemia.

Até agora, as medidas utilizadas para conter o impacto económico foi o lançamento de um pacote de empréstimos para as empresas e o alargamento do programa de compra de obrigações, mas as taxas de juro mantiveram-se inalteradas.

Ver comentários
Saber mais Europa Suécia PIB Riksbank economia negócios e finanças macroeconomia economia (geral) conjuntura
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio