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Sindicato dos Médicos: Há hospitais que "não conseguem fornecer oxigénio com a adequada pressão aos doentes"

O Sindicato dos Médicos da Zona Sul alerta que "devido à falta de meios, em várias unidades, os critérios para atendimento e internamento tornaram-se mais restritivos, deixando de fora muitos doentes com dificuldade respiratória e com estados clínicos potencialmente em agravamento".

Mário Cruz/Lusa
19 de Janeiro de 2021 às 10:31
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O Sindicato dos Médicos da Zona Sul (SMZS) alertou esta terça-feira que "vários hospitais da região de Lisboa e Vale do Tejo estão atualmente em situação de rutura, sendo incapazes de assegurar o adequado atendimento de doentes covid e não covid em tempo útil".

 

Em comunicado, o SMZS diz ter "conhecimento de que vários hospitais não conseguem fornecer oxigénio com a adequada pressão aos doentes, problema que tende a agravar-se nos próximos dias".

 

Sem identificar os hospitais onde existem problemas com oxigénio, o sindicato alerta que "devido à falta de meios, em várias unidades, os critérios para atendimento e internamento tornaram-se mais restritivos, deixando de fora muitos doentes com dificuldade respiratória e com estados clínicos potencialmente em agravamento".

 

Portugal está a atravessar a fase mais grave da pandemia, com 9.601 casos confirmados por dia em média nos últimos 14 dias, sendo que desde o início do ano já faleceram 2056 pessoas com covid-19.

 

O sindicato fala em "graves constrangimentos no atendimento nos serviços de urgência hospitalares", de "substancial aumento do tempo de espera nas urgências", bem como "agravamento crítico do estado de saúde dos doentes em espera, sendo impossível prestar-lhes os cuidados necessários atempadamente".

 

"Apesar da evidente pressão sobre o Serviço Nacional de Saúde, o Governo continua sem fazer uma adequada gestão dos recursos disponíveis, não só no SNS, mas também dos sectores privado e social", acusa o sindicato, assinalando que "os médicos estão em exaustão devido à atual exigência e sobreposta a um esforço que já dura há 10 meses".

 

Perante este cenário que classifica de rutura, o "SMZS aconselha todos os médicos a entregarem minutas de escusa de responsabilidade para que as administrações, e o próprio Ministério da Saúde, se consciencializem dos graves erros que estão a ser cometidos na gestão da pandemia". E faz também um "apelo nacional para que sejam cumpridas as normas que evitam o contágio, a fim de que o Serviço Nacional de Saúde possa assegurar um atendimento adequado a todos os cidadãos que dele necessitem".

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