Notícia
Receitas de creches e jardins-de-infância baixaram para metade
O encerramento de creches e jardins-de-infância por causa da pandemia de covid-19 traduziu-se numa redução de receitas superior a 50%, devido à diminuição das mensalidades, mas também porque muitos encarregados de educação deixaram de pagar.
28 de Abril de 2020 às 18:53
Os dados foram avançados à Lusa pela Associação de Creches e Pequenos Estabelecimentos de Ensino Particular (ACPEEP) que decidiu fazer um inquérito aos seus associados, depois da decisão do Governo em mandar encerrar todos os estabelecimentos de ensino em meados de março.
Muitos pais desistiram das creches e jardins-de-infância, porque imaginaram que este ano letivo já não iriam reabrir, e outros pediram uma redução da mensalidade depois da sua situação económica se ter agravado, disse à Lusa a presidente da ACPEEP.
Susana Batista disse que "98% dos sócios tiveram pais que deixaram de pagar a mensalidade", explicando que estes números são baseados nas respostas de 70 associados.
A somar a esta situação, a maioria das instituições decidiu baixar as mensalidades, uma vez que estavam de portas fechadas apesar de tentarem manter uma ligação diária com as famílias para continuar a formação pedagógica à distância.
"Houve quem tivesse reduzido em 10%, outros 20% mas também houve quem baixasse em 50% as mensalidades", acrescentou a presidente da associação.
Feitas as contas, "as receitas dos colégios no mês de abril tiveram uma quebra superior a 50% em relação ao mês de janeiro", contou.
A presidente da ACPEEP explicou que as famílias que tenham mensalidades em atraso e pretendam regressar terão de regularizar a situação, caso contrário as instituições poderão recusar-se a receber essas crianças.
"Houve vários pais que estavam a atravessar dificuldades económicas e que falaram com a direção. Nestes casos, chegaram a um acordo e baixaram as mensalidades ou definiram formas de pagamento faseado. Mas houve pais que decidiram unilateralmente deixar de pagar sem sequer falar com a direção", lamentou.
Neste momento, a maioria dos pais deve apenas o mês de abril, já que o encerramento das escolas se deu a 16 de março. Por isso, Susana Batista sugere aos encarregados de educação que falem com as direções caso tenham dificuldades em pagar agora os dois meses juntos (abril e maio).
A associação garante que as instituições estão preparadas para reabrir já em maio, mas o Governo deverá avançar com a sua abertura apenas em junho, segundo uma notícia avançada este domingo pelo Jornal Público.
As creches e jardins-de-infância têm planos de contingência preparados, mas continuam sem orientações da Direção-Geral da Saúde.
A decisão de reabertura só será conhecida na quinta-feira, em Conselho de Ministros.
O encerramento de todos os estabelecimentos de ensino foi uma das medidas avançadas pelo Governo para tentar conter a disseminação do novo coronavirus que em Portugal já provocou 948 mortos e mais de 24 mil casos confirmados de infeção.
Muitos pais desistiram das creches e jardins-de-infância, porque imaginaram que este ano letivo já não iriam reabrir, e outros pediram uma redução da mensalidade depois da sua situação económica se ter agravado, disse à Lusa a presidente da ACPEEP.
A somar a esta situação, a maioria das instituições decidiu baixar as mensalidades, uma vez que estavam de portas fechadas apesar de tentarem manter uma ligação diária com as famílias para continuar a formação pedagógica à distância.
"Houve quem tivesse reduzido em 10%, outros 20% mas também houve quem baixasse em 50% as mensalidades", acrescentou a presidente da associação.
Feitas as contas, "as receitas dos colégios no mês de abril tiveram uma quebra superior a 50% em relação ao mês de janeiro", contou.
A presidente da ACPEEP explicou que as famílias que tenham mensalidades em atraso e pretendam regressar terão de regularizar a situação, caso contrário as instituições poderão recusar-se a receber essas crianças.
"Houve vários pais que estavam a atravessar dificuldades económicas e que falaram com a direção. Nestes casos, chegaram a um acordo e baixaram as mensalidades ou definiram formas de pagamento faseado. Mas houve pais que decidiram unilateralmente deixar de pagar sem sequer falar com a direção", lamentou.
Neste momento, a maioria dos pais deve apenas o mês de abril, já que o encerramento das escolas se deu a 16 de março. Por isso, Susana Batista sugere aos encarregados de educação que falem com as direções caso tenham dificuldades em pagar agora os dois meses juntos (abril e maio).
A associação garante que as instituições estão preparadas para reabrir já em maio, mas o Governo deverá avançar com a sua abertura apenas em junho, segundo uma notícia avançada este domingo pelo Jornal Público.
As creches e jardins-de-infância têm planos de contingência preparados, mas continuam sem orientações da Direção-Geral da Saúde.
A decisão de reabertura só será conhecida na quinta-feira, em Conselho de Ministros.
O encerramento de todos os estabelecimentos de ensino foi uma das medidas avançadas pelo Governo para tentar conter a disseminação do novo coronavirus que em Portugal já provocou 948 mortos e mais de 24 mil casos confirmados de infeção.