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Costa quer abrir creches, pequeno comércio e cabeleireiros em maio

Creches, alguns serviços do Estado com atendimento ao público, pequeno comércio e cabeleireiro podem abrir em maio. Pelo menos essa é a intenção do Governo, anunciou o primeiro-ministro. Já as empresas devem optar por dividir os trabalhadores por turnos ou adotar semanas de trabalho alternadas, aconselhou António Costa.

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O primeiro-ministro anunciou nesta quinta-feira, 16 de abril, que pretende começar a abrir as creches, o atendimento presencial dos serviços públicos, o pequeno comércio e os cabeleireiros em maio. 

No debate no Parlamento sobre a prolongação do Estado de Emergência até 2 de maio, António Costa anunciou que é intenção do Governo reabrir, já em maio, as creches, já que "são fundamentais" para evitar que muitas famílias tenham "perda de rendimento" ou "um esforço acrescido" estando em teletrabalho. 

"Gostaria muito que pelo no período praia-campo as crianças do pré-escolar pudessem voltar a conviver, porque é muito importante para a sua formação", acrescentou o primeiro-ministro. 

Além disso, o chefe de Governo defendeu que a Administração Pública "deve dar o exemplo" e, também em maio, deve "começar a restabelecer o atendimento presencial" em alguns serviços. "A Administração Pública tem de transmitir confiança aos cidadãos de que é possível retomar o ritmo de vida normal", considerou. 

O primeiro-minsitro disse ainda que é importante olhar para o comércio e restauração, com medidas graduais: "Devemos olhar para o pequeno comércio de bairro, que junta menos gente e que melhor responde à economia local", disse.

Por outro lado, considerou, "o grande desafio" está nos cuidados pessoais, como cabeleireiros e barbeiros. "Temos de ter normas específicas de segurança para os profissionais e para os utentes. Mas temos de de dar resposta durante o mês de maio para poder ter esses serviços abertos", afirmou António Costa. 

Empresas devem adotar trabalho alternado

Além destes serviços, o primeiro-ministro quer também avançar em maio para a reabertura de "atividades fundamentais" como os equipamentos culturais e desportivos e espetáculos ao ar livre, "porque a cultura não pode continuar encerrada à espera de melhores dias", sublinhou Costa.

A reabertura destas atividades deverá começar pelas que têm "lotação fixa e lugares marcados, de forma a permitir o distanciamento social necessário", sublinhou Costa. Retomar estas atividades deverá exigir ainda "o uso de máscara de proteção comunitária".

António Costa destacou também que quem pode continuar em teletrabalho deve fazê-lo. "É fundamental, porque sabemos que o levantamento das medidas é gradual, e quem possa manter-se em teletrabalho deve ter maior liberdade para levar os filhos à creche, a usar o comércio local, mas é bom que se possam manter em teletrabalho para que operação nos transportes públicos corra o melhor possivel".

Já o regresso à normalidade nas empresas deverá contar com "novas formas de organização", apontou o primeiro-ministro, "trabalhando uns de manhã e outros à tarde, trabalhando uns numa semana e outros noutra semana". O objetivo é "ir libertando as pessoas do confinamento doméstico", e começar a olhar "com realismo e prudência" para um "programa sério" de relançamento da economia. 

A intervenção do chefe do Governo terminou com uma "palavra especial" para o setor do turismo, um dos que enfrentarão "mais dificuldades de recuperação imediata". Costa destacou as dificuldades que o país vai ter nos próximos meses na captação de turistas estrangeiros, porque "a limitação de fronteiras continuará a ter restrições sérias", e apelou aos portugueses para que façam férias "cá dentro", para "ajudar a defender o turismo, que é o motor da atividade economica".
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