Depois de uma subida acentuada na sexta-feira, os números divulgados pela Direção-Geral de Saúde este sábado são bastante positivos, confirmando a tendência de controlo da epidemia sugerida pelas estatísticas oficiais. Há agora 15.987 casos de covid-19 identificados, mais 3,3% do que na véspera ou mais 515 pessoas infetadas.
O número dos novos casos é bom em qualquer uma das perspetivas. Em termos percentuais, é a subida mais baixa desde o início do surto (tirando a 10 de março em que não houve nenhum caso identificado) e em termos absolutos é o terceiro número mais baixo desde 25 de março (à medida que cresce o universo de infetados, as variações absolutas tendem a ser maiores naturalmente).
Olhando para as regiões do país, o norte voltou a registar o maior aumento de casos em número absoluto. Foram apurados mais 258 casos de infeção de coronavírus elevando para 9.264 o número total naquela região. No entanto, em termos relativos, a maior subida não foi no norte mas sim na região centro. Aí os 113 novos casos representam um aumento de 4,6% superior aos 2,8% registados no norte do país. Já na região de Lisboa e Vale do Tejo, foram identificados mais 87 pessoas com covid-19, um aumento de 2,3%. No Algarve a subida foi de 3,2% (apenas 9 casos). No Alentejo, os números oficiais indicam que não houve contágios novos.
Em termos de óbitos, os dados de hoje estão em linha com os dos últimos dias. Houve 35 novas mortes, o que corresponde a uma subida de 8% elevando para 470 o número total de mortos. Esta percentagem compara com variações entre 5% e 11% registadas nos últimos dias.
A taxa de letalidade (número de mortos no total de casos identificados) situa-se quase nos 3%, mantendo-se assim muito longe das taxas de dois dígitos verificadas em países como Itália ou Espanha.
Em Portugal, como em todos os outros países, a taxa de letalidade é muito superior entre os idosos. Em particular, no segmento etário acima dos 80 anos, a taxa de letalidade já chega aos 13%.