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Governo alarga comparticipação de testes rápidos até 31 de agosto
A medida vai estar em vigor por mais um mês devido à “situação epidemiológica”. Testes de antigénio podem ser feitos em 450 farmácias, estando a comparticipação limitada a quatro testes por mês e a preço máximo de dez euros.
O Governo decidiu prolongar por mais um mês o regime excecional e temporário de comparticipação pelo Estado de Testes Rápidos de Antigénio (TRAg) de uso profissional, que vai estar em vigor até 31 de agosto, "sem prejuízo da sua eventual prorrogação".
"Perante a atual situação epidemiológica, importa assegurar a manutenção da vigência do regime excecional e temporário estabelecido, continuando a intensificar a utilização de testes para deteção do SARS-CoV-2, realizados de forma progressiva e proporcionada ao risco", justifica o Executivo.
Este alargamento do prazo – o preço máximo para efeitos de comparticipação a pagar é de dez euros – está previsto numa portaria assinado pelo secretário de Estado da Saúde, Diogo Serras Lopes, publicada em Diário da República esta quinta-feira, 29 de julho.
De acordo com as normas em vigor desde 1 de julho, a comparticipação é limitada a um máximo de quatro testes por mês e por utente e não se aplica a quem já tenha o certificado de vacinação (que ateste o esquema vacinal completo) ou o certificado de recuperação, nem aos menores de 12 anos.
O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) tem em permanente atualização uma listagem dos locais onde podem ser feitos estes testes rápidos comparticipados totalmente pelo Estado, que inclui atualmente 450 farmácias espalhadas pelo país.
Casos e mortes a subir em Portugal
O mais recente boletim divulgado pela Direção-Geral da Saúde (DGS), que contabiliza os dados obtidos até às 23:59 do dia 27 de julho, indicou 3.452 novas infeções, num total de 960.437 casos confirmados, dos quais 891.687 foram dados como recuperados e 51.430 permanecem ativos, além de 13 óbitos (total de 17.320) e 80.475 contactos em vigilância.
Segundo as contas feitas pela Lusa, em quatro semanas registou-se um aumento de 8,9% no total de casos confirmados, com a variação a subir para 48,3% em relação aos casos ativos e um acréscimo de 51,1% nos contactos em vigilância pelas autoridades. A mortalidade traduziu-se em mais 219 óbitos neste período, que representou quase o triplo dos mortos em todo o mês de junho (76).
Os dados relativos ao último relatório de vacinação (semana 29), que compilou dados até 25 de julho, mostram que já há 6.865.047 pessoas a terem pelo menos uma dose, ou seja, 67% da população, enquanto 5.389.935 (52%) utentes têm a vacinação completa. A nível regional, a cobertura com primeiras doses variou entre os 61% nos Açores e os 68% no Norte, Centro e Alentejo, ao passo que para o processo completo variou entre 50% na Madeira e 58% no Alentejo.