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Europa vai sofrer atraso na entrega da vacina da AstraZeneca/Oxford
A revelação acontece depois de a Comissão Europeia ter apelado a que não houvessem mais atrasos. Esta é a vacina que Portugal mais comprou.
A farmacêutica AstraZeneca, que produziu vacinas para a covid-19 em conjunto com a Universidade de Oxford, avisou que vão existir atrasos na entrega da sua vacina na Europa.
Os volumes iniciais "vão ser mais baixos do que o esperado originalmente", dizem responsáveis da União Europeia, de acordo com o avançado pelo Financial Times. A revelação terá sido feita numa reunião entre a Comissão Europeia e os Estados membros esta sexta-feira à tarde, terão confirmado várias fontes à publicação britânica.
Uma dessas fontes descreveu a redução no número de vacinas a entregar como "significativo". Outra, indica que os detalhes estão a ser trabalhados mas que a situação "não parece bem no curto-prazo". A Comissão Europeia afirma que quer obter as vacinas "tão rapidamente quanto possível e em linha com o acordado".
A AstraZeneca afirma que não existe um atraso, apenas uma redução nos volumes incialmente previstos, algo que justifica com "o reduzido rendimento de uma unidade de fabrico que faz parte da cadeia de fornecimento europeia". A empresa reforçou que irá fornecer dezenas de milhares de doses em fevereiro e março, à medida que os volumes e produção continuam a aumentar.
Portugal tem prevista a compra de 1,4 milhões de doses desta vacina. A maior compra prevista entre todas as vacinas possíveis. A vacina da AstraZeneca é a mais barata (cada dose sai a 1,78 euros, contra os cerca de 15 euros da Moderna, segundo informação não oficial, uma vez que os contratos são confidenciais) e que tem a vantagem de poder ser armazenado num simples frigorífico, dispensando a congelação a temperaturas muito baixas.