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"Este ainda não é o novo Natal normal das nossas vidas", afirma António Costa
O Governo aprovou esta terça-feira um conjunto de medidas mais restritivas para conter a pandemia. mais teletrabalho, mais uma semana de contenção, mais apoios às famílias e mais testes entre as iniciativas anunciadas.
"Este ainda não é o novo Natal normal das nossas vidas", afirmou o primeiro-ministro na conferência de imprensa no final do Conselho de Ministros desta terça-feira apelando à testagem e ao distanciamento social e a festas de Natal mais reduzidas, apenas com o núcleo familiar.
"Como sabemos há muitas dúvidas. Esta variante é muitíssimo mais contagiosa e o risco é maior. Parece que a severidade da doença não sofre agravamento, mas responsavelmente não devemos assumir uma conclusão tão cedo e com tão pouca informação", declarou António Costa. "Devemos prevenir para não ter mais tarde que remediar", justificou.
"O janeiro do próximo ano depende do que cada um fizer", frisou o chefe do Governo lembrando que no início deste ano, Portugal surgiu como o país do mundo com mais novos casos e número de mortes por 100 mil habitantes.
O primeiro-ministro deixou algumas recomendações para o período do Natal. "Gostaríamos de evitar que a celebração natalícia envolva muitas pessoas e conter as celebrações no seu núcleo familiar e sempre que possível arejar os espaços", indicou, apesar das "noites frias" deste período.
A suportar as medidas de maior restrição, o Governo mostra os dados atualizados pelo Instituto Ricardo Jorge, com o primeiro-ministro a referir que na próxima semana, metade das novas infeções seriam causadas pela variante ómicron, por ser mais transmissível.
"Esta nova variante suscita muitas interrogações", começou por indicar António Costa. "Quando olhamos para a nossa matriz a má notícia é que a 20 de dezembro tínhamos em 562 casos a 14 dias por 100 mil habitantes. A boa notícia é que graças à testagem massiva e ao aumento da proteção vacinal o Rt tem vindo a diminuir", frisou. "A projeção relativamente ao crescimento desta variante aponta para que no final do ano possa ser a variante dominante com 90% das pessoas infetadas", referiu.
(Notícia atualizada às 17h35 com mais informação)