Notícia
Epidemiologista que desenhou estratégia sueca admite que errou
Anders Tegnell admitiu que a sua abordagem de manter a economia aberta provocou mais mortes do que o previsto. Morreram, até ao momento, 4.468 pessoas no país devido à covid-19.
03 de Junho de 2020 às 09:56
O principal epidemiologista da Suécia, Anders Tegnell, que desenhou a estratégia do país para combater a covid-19, admitiu que o seu pensamento resultou em muitas mortes, após ter convencido o país a evitar o confinamento.
Tegnell foi o cérebro por trás da controversa abordagem sueca para combater o vírus, e o governo liderado por Stefan Lofven pôs nas suas mãos a forma como o país ia abordar o problema.
Neste momento, reuniões com mais de 50 pessoas continuam a ser proibidas, mas durante toda a crise os suecos puderam ir a restaurantes, fazer compras, frequentar ginásios e levar crianças menores de 16 anos para a escola.
Esta abordagem mais flexível para conter o vírus atraiu quer elogios quer indignação em todo o mundo.
Com 4.468 mortes (43 por 100 mil habitantes), a taxa de mortalidade da Suécia está entre as mais altas do mundo e excede em muito a das vizinhas Dinamarca e Noruega, que impuseram confinamentos no início da pandemia.
Agora, e pela primeira vez, Tegnell revelou publicamente que a sua estratégia está a provocar muitas mortes.
"Claramente, há potencial para melhorar o que fizemos na Suécia", disse.
Além disso, existem poucas evidências de que a decisão de manter a economia aberta ajudou a Suécia a estimular a economia. A ministra das Finanças, Magdalena Andersson, alertou recentemente que a Suécia está a enfrentar a sua pior crise económica desde a Segunda Guerra Mundial, com o PIB a cair 7% em 2020, quase tanto quanto o resto da UE.
O governo começou a ficar preocupado com os erros cometidos para combater a propagação do vírus na Suécia e, na segunda-feira, Lofven prometeu que ia haver uma investigação sobre a gestão da crise antes do verão.
Tegnell foi o cérebro por trás da controversa abordagem sueca para combater o vírus, e o governo liderado por Stefan Lofven pôs nas suas mãos a forma como o país ia abordar o problema.
Esta abordagem mais flexível para conter o vírus atraiu quer elogios quer indignação em todo o mundo.
Com 4.468 mortes (43 por 100 mil habitantes), a taxa de mortalidade da Suécia está entre as mais altas do mundo e excede em muito a das vizinhas Dinamarca e Noruega, que impuseram confinamentos no início da pandemia.
Agora, e pela primeira vez, Tegnell revelou publicamente que a sua estratégia está a provocar muitas mortes.
"Claramente, há potencial para melhorar o que fizemos na Suécia", disse.
Além disso, existem poucas evidências de que a decisão de manter a economia aberta ajudou a Suécia a estimular a economia. A ministra das Finanças, Magdalena Andersson, alertou recentemente que a Suécia está a enfrentar a sua pior crise económica desde a Segunda Guerra Mundial, com o PIB a cair 7% em 2020, quase tanto quanto o resto da UE.
O governo começou a ficar preocupado com os erros cometidos para combater a propagação do vírus na Suécia e, na segunda-feira, Lofven prometeu que ia haver uma investigação sobre a gestão da crise antes do verão.