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Suécia considera mudar estratégia se houver nova vaga de covid-19

O governo sueco tem sido amplamente criticado por ter optado por não adotar medidas de confinamento semelhantes àquelas avançadas pelos pares europeus.

Casper Hedberg
18 de Junho de 2020 às 12:37
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O epidemiologista-chefe na Suécia, Anders Tegnell afirma em entrevista à CNBC que, caso exista uma segunda onda de infeções de covid-19, este país nórdico deverá mudar a abordagem, apostando mais em medidas de contenção, apesar de o confinamento continuar sem surgir entre as opções.

"Avançaremos mais com o mapeamento dos contactos e temos também a imunidade na população que vai tornar as coisas muito mais fáceis", explica Tegnell.

No início da pandemia foi difícil fazer o mapeamento devido ao aumento exponencial de casos, mas, agora, numa fase mais estável, Tegnell acredita que será possível. Paralelamente, os serviços de saúde também já estão mais bem preparados, defende.

O epidemiologista aponta que o número de casos está a cair, e diz que já se estão a fazer notar os efeitos de uma "imunidade de grupo" que decorre de grande parte da população já ter sido exposta ao vírus. Isto, embora ainda não esteja cientificamente provado que alguém que já tenha contraído o vírus passa a ser imune ao mesmo.

O governo sueco tem sido amplamente criticado por ter optado por deixar escolas, restaurantes e outros estabelecimentos abertos no contexto de pandemia, acabando por apresentar uma das taxas de mortalidade mais elevadas do mundo. Até hoje, a Suécia regista 54.562 casos e 5.041 mortes. As críticas apontam que o governo terá priorizado a economia em detrimento da saúde dos cidadãos, algo que é negado pelo Executivo.

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