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Covid-19: Trump anuncia alargamento de terapia com plasma de doentes curados
A FDA autorizou o alargamento do uso do chamado plasma convalescente apesar de os testes clínicos não estarem totalmente concluídos.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou este domingo que um tratamento para o novo coronavírus que envolve plasma de doentes recuperados da doença será alargado a mais pacientes, depois de ter recebido o "ok" do regulador norte-americano.
"Esta é uma terapia poderosa", afirmou o líder da Casa Branca, numa conferência de imprensa. "A decisão conhecida hoje aumentará significativamente o acesso a este tratamento", acrescentou Trump, referindo-se à autorização dada pela U.S. Food and Drug Administration (FDA) para o alargamento do uso do chamado plasma convalescente em certos pacientes, apesar de os estudos científicos ainda não estarem totalmente concluídos.
A decisão da U.S. Food and Drug Administration foi conhecida um dia depois de Trump ter acusado os reguladores de agirem de forma demasiado lenta, com o objetivo de prejudicarem a sua reeleição nas presidenciais de novembro.
Mesmo com os ensaios clínicos incompletos, Trump assegurou que a FDA já concluiu que a terapia é "segura" e "muito eficaz".
"O plasma convalescente é um tratamento terapêutico testado e comprovado em surtos anteriores", disse o secretário da Saúde e Serviços Humanos, Alex Azar, citado pela Bloomberg.
Além disso, as autoridades disseram que os dados recolhidos de um grande número de pacientes com acesso à terapia constituíram fortes argumentos para a autorização. O comissário da FDA, Stephen Hahn, explicou que os investigadores observaram uma melhoria de 35% nas hipóteses de sobrevivência de pacientes tratados com plasma convalescente.
"Sonhamos com o desenvolvimento de algo com 35% de redução da mortalidade ", disse Azar. "Este é um grande avanço no tratamento de pacientes".
Nas últimas 24 horas, os Estados Unidos registaram 715 mortos e cerca de 40 mil infetados, de acordo com um contagem independente da Universidade Johns Hopkins.
Com este balanço, os EUA elevaram o número de óbitos para 176.765 e o de casos confirmados para 5.699.804.
Apesar de Nova Iorque já não ser mais o estado com maior número de infeções, continua a ser o que contabiliza mais mortes (32.883), mais do que em França ou Espanha.