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António Costa aponta arranque da vacinação contra a covid-19 para 5 de janeiro
O primeiro-ministro diz que a Agência Europeia do Medicamento deverá aprovar a vacina da Pfizer a 29 de dezembro, e que a vacinação poderá arrancar na primeira semana de janeiro.
O primeiro-ministro António Costa avançou esta sexta-feira, 11 de dezembro, que o arranque da vacinação contra a covid-19 na Europa deverá acontecer, de forma coordenada entre os vários Estados-membros da UE, na primeira semana de janeiro.
Em declarações aos jornalistas, em Bruxelas, depois de uma reunião que se prolongou desde o final da manhã de ontem, o líder do Executivo chamou à atenção para a necessidade de os Estados-membros da União Europeia coordenarem os seus planos nacionais de vacinação, de forma a agilizar a imunidade de grupo em toda a região.
"Sugeri que pudéssemos tentar coordenar para que arrancássemos todos no mesmo dia com a vacinação", afirmou, no final do Conselho Europeu, em Bruxelas. "Para termos imunidade de grupo não basta que um país a alcance".
António Costa adiantou que a Agência Europeia do Medicamente deverá autorizar o uso da primeira vacina contra a covid-19 no próximo dia 29 de dezembro, pelo que a chegada das primeiras doses aos Estados-membros deverá acontecer logo nos primeiros dias de janeiro.
O primeiro-ministro explicou que a fabricante da primeira vacina a distribuir na Europa – a Pfizer – já garantiu que após a licença do regulador fará chegar as primeiras doses das vacinas "nos dias imediatos", permitindo o início da vacinação logo no arranque do ano.
"Acho que se fixarmos para a primeira semana de janeiro o arranque da operação de vacinação à escala europeia seria uma boa meta com que todos nos deveríamos comprometer", afirmou António Costa, acrescentando que dia 5 de janeiro "é um excelente dia" para apontar o arranque.
Sobre a operação logística de distribuição da vacina em Portugal, António Costa disse aos jornalistas que "no nosso caso as forças armadas terão um papel crucial".
Questionado sobre a importância da aprovação do orçamento plurianual da UE e do fundo de recuperação para ajudar os países a combater os efeitos da crise, António Costa sublinhou que vê com "entusiasmo" o progresso.
"O que todos estamos a precisar é de ter instrumentos para enfrentar esta crise. E neste momento confluem os dois instrumentos fundamentais. Hoje é credível que a ciência conseguiu desenvolver uma vacina e que vamos ter uma ferramenta fundamental para combater a pandemia. "Mas também temos de combater a dimensão económica e social da pandemia, e para isso era fundamenta dispormos deste programa de recuperação", afirmou, acrescentando tratar-se de "uma mensagem de esperança e confiança que todos os europeus precisam".