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Zona Euro sustém ligeira melhoria na atividade em fevereiro
A Alemanha, que neste domingo vai a votos, assistiu a um segundo mês de levantamento do sentimento económico, enquanto França terá conhecido uma redução forte na atividade.
As economias da Zona Euro terão conseguido em fevereiro manter o ritmo da atividade em território positivo, de acordo com os últimos indicadores coligidos no índice compósito dos gestores de compras (PMI) para o espaço da moeda única publicados nesta sexta-feira pela S&P Global.
Segundo a publicação, o PMI da atividade do euro neste último mês manteve a marca de 50,2 pontos após a recuperação para território positivo do início do ano, num nível compatível com uma muito ligeira expansão.
A melhoria, contudo, convive ainda com a manutenção de quebras na produção industrial já por um período de praticamente dois anos, com novas reduções nas carteiras de encomendas e no emprego e com uma diminuição também da confiança para mínimos de três meses.
O índice PMI na indústria da Zona Euro fica em fevereiro nos 48,7 pontos, melhorando a marca de janeiro (47,1), mas ainda em território marcadamente negativo. Já o PMI dos serviços passou aos 50,7 pontos (51,3 em janeiro).
Novamente, são assinaladas diferenças de comportamento significativas na área do euro, onde França e Alemanha continuam a viver as maiores dificuldades com as restantes economias a darem sinal de "expansão sólida".
Ainda assim, a Alemanha, que neste domingo vai às urnas após dois anos de estagnação da economia marcada por forte quebra industrial, conhece em fevereiro ligeiras melhorias, com um segundo mês de subida na atividade (51 pontos, num máximo de nove meses).
Já o PMI francês regista uma acelerada redução na atividade empresarial, que terá sido a maior em cerca de ano e meio, segundo a leitura da S&P Gloobal. O índice compósito do país caiu para 44,5 pontos, aprofundando mais uma vez a contração.
No que diz respeito ao mercado de trabalho, os indicadores avançados desta sexta-feira apontam para novas quebras após alguma estabilização no início do ano, com as respostas dos gestores da indústria a darem conta da maior diminuição de emprego do sector num período de quatro anos e meio. As reduções no emprego são mais pronunciadas em França, atingindo também a Alemanha, enquanto no resto da Zona Euro se terá assistido a uma aceleração.
Os dados do PMI mostra também evoluções preocupantes para os níveis de inflação, com novos aumentos de preços nos fatores de produção, mas também uma aceleração nos preços de vendas com subidas sólidas nos serviços. Na Zona Euro, recorde-se, a inflação do serviços tem-se mantido persistentemente elevada em torno dos 4% e alvo de estreita vigilância do Banco Central Europeu nas suas decisões sobre a política monetária.