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Quatro em cada 10 portugueses não tem margem para responder a agravamento da crise

Inquérito da Deco Proteste conclui que 40% dos inquiridos não tem poupanças para lidar com um agravamento da crise. Quase 80% admite já ter alterado hábitos de consumo para tentar atenuar subida de preços.

Consumidores e empresários: todos esperam que os preços continuem a subir nos próximos três meses.
Vasco Neves
24 de Maio de 2022 às 12:25
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Quatro em cada 10 portugueses não tem margem financeira para responder a um agravamento de preços decorrentes da guerra da Ucrânia, segundo um inquérito feito pela Deco Proteste divulgado nesta terça-feira, 24 de maio.

Segundo um inquérito realizado pela Deco Proteste a 1.051 pessoas, "três quartos revelam que a invasão russa tem afetado pelo menos parcialmente a sua qualidade de vida". Ana Guerreiro, das Relações Institucionais da DECO PROTESTE, interpreta as conclusões: "A guerra na Ucrânia está a ter impacto, acelerando o passo de uma inflação que se tornou evidente quando o mundo começou a desconfinar e a procurar bens de consumo com uma rapidez difícil de acompanhar".

Nesse sentido, Ana Guerreiro diz que as famílias se mostram preocupadas com as pressões inflacionistas, "que se fazem sentir em áreas tão sensíveis para o dia-a-dia das famílias, da alimentação às atividades sociais e de lazer, passando pelas compras para a casa ou pela saúde".

Por isso, os portugueses têm adaptado as suas decisões de consumo: 73% dos inquiridos reconheceu que parte dos seus hábitos de consumo foram afetados. No consumo alimentar, mais de metade dos inquiridos passaram a escolher marcas mais baratas e cerca de 40% cortaram em alimentos que não veem como essenciais, como o álcool, doces e salgados.

Nas deslocações, metade dos inquiridos revelam usar menos o carro e 35% alegam fazer uma condução mais económica. As atividades sociais, culturais e de lazer também sofreram uma redução prudencial, descreve a Deco Proteste, em comunicado.

Por fim, 40% dos inquiridos dizem mesmo não ter margem financeira ou poupanças que permitam superar um agravamento da crise. 

"Quase um em quatro dos europeus que participaram no estudo descrevem a situação financeira do seu agregado familiar como difícil, e 39% afirmam que estão pior do que há um ano", frisa a Deco Proteste. 

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