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PSD: Costa tem de saber se quer "viver da herança" ou lançar reformas

O líder dos sociais-democratas no Parlamento felicitou o Governo por ter dado continuidade ao "caminho de baixar o défice", mas avisou que "é preciso não desbaratar o esforço feito."

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23 de Maio de 2017 às 15:36
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O presidente da bancada parlamentar social-democrata desafiou esta terça-feira, 23 de Maio, o Governo a colocar o país a crescer o dobro do que cresceu em 2016 e atribuiu a saída do Procedimento dos Défices Excessivos (PDE) à "herança" do Governo PSD-PP e à conjuntura internacional.

"Recebeu um país a crescer com défice a diminuir e muito, com o desemprego a baixar e tudo isso fruto de várias reformas estruturais de 2011 a 2015," afirmou Luís Montenegro durante o debate quinzenal no Parlamento.

"É preciso não desbaratar o esforço feito. E crescer muito mais do que em 2016, pelo menos o dobro do que crescemos no ano passado," disse, felicitando o Governo por "ter dado continuidade a esse caminho de baixar o défice que vinha sendo percorrido desde 2011."

Um desafio que vai em linha com o lançado esta segunda-feira por Passos Coelho. Em 2016 a economia cresceu 1,4% e ontem o líder social-democrata reclamou um crescimento da economia entre 2,5% e 3%.

"O senhor primeiro-ministro tem de saber se quer viver à conta da herança e da conjuntura ou aproveitar a herança e a conjuntura e projectar o país para um ciclo de crescimento duradouro para as próximas décadas," pediu Montenegro.

"Não demos continuidade. (...) Invertemos a herança e estamos a gerar rendimento para o país. É isso que estamos a fazer," respondeu António Costa, depois de acusar o PSD de gostar de reformas que "fazem parte daquela cartilha de fazer mais alterações à lei laboral para aumentar precariedade" e o "empobrecimento colectivo".

Uma acusação de "cartilha" a que Montenegro respondeu acenando com propostas do PS que o social-democrata disse terem conduzido à chegada da "troika".

"Passou aqui um ano inteiro a dizer que com as reversões não só iríamos destruir o que tínhamos feito. E até o diabo vinha aí! Nós invertemos a vossa política e saímos do Procedimento por Défices Excessivos. Não é o paraíso, mas seguramente não é o inferno," sustentou Costa.

Costa argumentou depois com um modelo de desenvolvimento que "não passa pelo empobrecimento colectivo" mas pela qualificação e inovação," mostrando um gráfico que pretendia ilustrar a "desaceleração de Portugal até 2015" em contraciclo com a União Europeia e culminando no crescimento de 2,8% do PIB no final do primeiro trimestre.

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