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Preços do turismo dão gás à inflação

A subida dos preços nos hotéis, restaurantes e transportes deram o maior contributo para o aumento da inflação em Portugal em Julho.

10 de Agosto de 2018 às 11:41
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Os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) indiciam que o turismo está a impulsionar os preços em Portugal. As componentes de transportes e de restaurantes e hotéis foram as que deram o maior contributo para a variação do índice de preços ao consumidor em Julho. A inflação fixou-se em 1,6%, em comparação homóloga, acima dos 1,5% registados em Junho. 

"Nas classes com contribuições positivas para a variação homóloga do IPC salientam-se a dos Transportes e a dos Restaurantes e hotéis", assinala o gabinete de estatística esta sexta-feira, dia 10 de Agosto. O contributo dos transportes para o aumento homólogo da inflação foi superior ao dos restaurantes e hotéis, mas ambos se destacam por serem os que estão a dar um maior contributo para o aumento dos preços em Portugal.

A seguir a estas duas componentes surge a categoria de "habitação, água, electricidade, gás e outros combustíveis", onde se reflectem os preços do petróleo que têm vindo também a estimular a inflação. Com o quarto maior contributo surgem os "produtos alimentares e bebidas não alcoólicas".

Comparando com o mês de Junho, os transportes são de longe os que viram o seu contributo aumentar mais. Analisando os dados mais finos, é possível concluir que foi o sub-grupo "voos internacionais" a dar um maior contributo para o aumento da taxa de inflação, seguindo-se os "hotéis, motéis, pousadas e serviços de alojamento similares", as "férias organizadas fora do território nacional" e os "transportes de passageiros por mar". 

O INE confirma assim que a taxa de inflação subiu para os 1,6% em Julho, o mesmo número que tinha avançado na estimativa provisória a 31 de Julho. O valor da inflação core, que exclui produtos com maior oscilação de preços, também foi confirmado: "O indicador de inflação subjacente (IPC excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos) apresentou uma variação homóloga de 1,0%, valor idêntico ao registado em Junho".

De assinalar que "o agregado relativo aos produtos alimentares não transformados registou uma variação homóloga de 1,3% em Julho (1,2% em Junho), enquanto a taxa referente aos produtos energéticos aumentou para 7,7% (7,5% no mês anterior)". Ou seja, os produtos energéticos continuam a acelerar significativamente face ao ano passado, ainda que o seu contributo, tendo em conta a estrutura de ponderação actual do INE para o IPC, seja inferior a outras componentes. 

Já o Índice de Preços ao Consumidor de Julho registou uma variação média dos últimos doze meses de 1,1%, o mesmo que tinha registado em Junho.

Vestuário e calçado em queda

A época de saldos dita a habitual queda drástica dos preços do vestuário e calçado. "À semelhança dos anos anteriores, a redução de preços verificada em Julho coincide com o início do período de saldos de final de colecção", explica o INE. Em comparação com Junho (variação mensal), os preços diminuíram 13%.

Por sub-grupos, as principais contribuições negativas para a inflação de Julho foram as do "vestuário de mulher", do "vestuário de homem", do "vestuário de criança e de bébé", do "calçado e mulher" e do "calçado de homem" (ver tabela em cima).
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