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Portugal terminou 2012 com mais empresas do que começou?

Ao longo do ano passado fecharam 27,7 mil empresas e abriram 29,3 mil, revelam dados do Ministério das Justiça cedidos ao Público que, contudo, podem estar enviesados por questões burocráticas.

21 de Janeiro de 2013 às 10:05
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Em ano de recessão de 3% e escalada de desemprego, Portugal fechou 2012 com mais 1.628 empresas do que começou, escreve hoje o "Público", com base em “dados cedidos” do Ministério da Justiça. Esta evolução contrasta com o desaparecimento de 595 empresas em termos líquidos registado em 2011, um ano de recessão inferior. Mas será este um retrato fiel da realidade?

 

“O saldo líquido entre aberturas e encerramentos voltou a ser positivo, apesar de os números do desemprego mostrarem que esta renovação não compensa”, escreve o diário que procura depois uma explicação para os números que contrastam com os dados macroeconómicos que colocam 2012 no topo do ranking dos anos com recessões mais intensas.

 

Os números do Ministério da Justiça dizem que em 2012 foram criadas 29.311 empresas, menos 3.800 ou 11,6% do que em 2011, uma evolução que parece acompanhar o momento no ciclo económico. A surpresa chegou do número de empresas que fecharam portas, o qual caiu abruptamente (-18) de 33,8 mil em 2011 para 27,7 mil em 2012, isto apesar da recessão. A explicação poderá ser burocrática, escreve o jornal.

 

“Há uma grande diferença. É que, dos quase 28 mil fechos de 2012, só 11 mil foram feito administrativamente pelos serviços”, escreve o Público associando este valor a limpeza de base de dados por parte do ministério, sendo que “as chamadas extinções reais ultrapassaram as 16.600, o que significou uma subida homóloga de 9,4%”, continua, explicando que os “fechos oficiosos” em 2012 “caíram 40%” face a 2011.

 

“Os encerramentos administrativos começaram em 2008, com o programa Simplex, e foram limpando os ficheiros do ministério das Justiça de empresas que estavam inactivas mas permaneciam artificialmente abertas. Mas, neste momento, esse trabalho está praticamente concluído (...)”, escreve o jornal.

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