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Pandemia provoca queda de 13% nas exportações portuguesas

As vendas e as compras de bens ao exterior sofreram quedas de dois dígitos em março, o mês em que o país entrou em estado de emergência devido à pandemia da covid-19.

08 de Maio de 2020 às 11:16
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As empresas portuguesas exportaram 4,51 mil milhões de euros em mercadorias no mês de março, um valor que representa uma queda de 13% face ao mesmo mês do ano passado e traduz o efeito da pandemia, que penalizou as trocas comerciais em todo o mundo.

 

De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística, o impacto nas importação também foi elevado, mas menos intenso. A compra de bens ao exterior caiu 11,9% para 6,09 mil milhões de euros.

 

Este desempenho negativo levou a que no conjunto do primeiro trimestre as exportações tenham descido 3% e as importações registado uma queda de 4%.

Segundo o INE, a queda nas exportações e importações em março ficou a dever-se sobretudo à descida acima de 30% que se verificou nas vendas e compras de material de transporte, "principalmente automóveis para transporte de passageiros nas exportações e outro material de transporte (aviões) nas importações".

 

As fábricas portuguesas de automóveis suspenderam a produção em março devido às medidas de contenção da covid-19, sendo que só retomaram no início deste mês, pelo que abril terá sido um mês ainda pior para a indústria.


Pela positiva, o INE destaca os produtos alimentares e bebidas, pois foi a única categoria de produtos a registar aumentos quer nas exportações (+3,8%) quer nas importações (+6,7%).

 
Tendo a queda das importações em valor sido mais acentuada, o défice da balança comercial de bens registou uma diminuição de 151 milhões de euros face ao mês homólogo de 2019, atingindo 1.586 milhões de euros.

As exportações para Espanha desceram 16,2% e para França caíram 19,2%, sendo estes dois dos países europeus mais afetados pela pandemia na Europa. Em sentido inverso, as vendas para os EUA aumentaram 5,6%.

 

Nos dois primeiros meses do ano tinham-se registado aumentos nas exportações para os Estados Unidos (+13,0%), França (+7,3%) e Espanha (+6,5%).

 

No que diz respeito às importações, os maiores decréscimos em valor foram registados com França (-47,0%) e Espanha (-12,2%), mas em termos relativos as importações originárias da Rússia registaram a maior redução (-80,9%).

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