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Os recados e os elogios do Fundo Monetário Internacional

Na 6.ª avaliação pós-programa de ajustamento, o FMI deixou uma série de elogios ao desempenho da economia, reconhecendo avanços na acção do Governo. Contudo, fez recomendações e avisos que considera fulcrais para o crescimento futuro.

Lusa
25 de Fevereiro de 2018 às 15:10
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Pontos positivos

Crescimento e emprego
O crescimento que gera emprego ganhou força. A previsão para a taxa de desemprego é de 7,8%, a mais baixa desde 2008.

Investimento a crescer
O FMI prevê um crescimento de 8,1% para o investimento, bem acima dos 5,9% inscritos pelo Governo no Orçamento.

Défice dentro da meta
O défice orçamental do ano passado deverá ter ficado melhor do que a meta (o FMI estima 1,2%) e este ano o objectivo do Governo de 1,1% deverá ser cumprido.

Dívida desce mais
Com a ajuda de um superavit orçamental mais elevado, e mais estrutural, bem como com os reembolsos antecipados ao próprio FMI, o peso da dívida no PIB deverá cair mais depressa do que o inicialmente previsto.

Banca com mais capital
O sistema financeiro está mais capitalizado e mais estável, o que dá mais confiança aos investidores. O risco de uma nova crise bancária é agora considerado baixo.

BCE menos relevante
A dependência de Portugal do programa de compra de dívida pública do BCE é menor do que a de outros países.

Pontos negativos

Potencial fraco
O potencial de crescimento da economia é baixo, pelo que o ritmo actual de aumento do PIB não se vai manter nos próximos anos sem uma subida "substancial" do investimento.

Dívida pública alta
Apesar dos progressos na diminuição da dívida pública, que deverá ter fechado 2017 em torno dos 126% do PIB, o valor continua demasiado elevado, o que torna o país vulnerável.

Mais capital
Com o reforço regulatório em curso, a banca pode precisar de reforçar ainda mais os seus capitais.

Malparado pesa
Apesar das melhorias, o peso do crédito malparado na banca permanece elevado, limitando o financiamento de novos projectos de investimento.

Risco no imobiliário
As autoridades devem acompanhar de perto a evolução do mercado imobiliário, já que os preços subiram cerca de 20% desde 2013, quando na Zona Euro aumentaram 7%.

Flexibilidade laboral
O Fundo pede ao Governo que mantenha as medidas implementadas na era da troika e que aumente a flexibilidade no mercado de trabalho, para reduzir a segmentação.

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