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OCDE: Rendimento real per capita cresceu 5,8% em Portugal no final de 2022

Dados da OCDE concluem que, no quarto trimestre de 2022, o rendimento das famílias portuguesas, medido em termos reais e per capita, subiram 5,8% em cadeia e 1,5% em termos homólogos. Crescimentos são superiores aos registados na média das economias que compõem a organização.

O crédito ao consumo – por vezes mais do que um – e o hipotecário têm um peso muito grande nas finanças das famílias em dificuldade.
Rafael Marchante/Reuters
10 de Maio de 2023 às 12:00
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O rendimento real per capita em Portugal aumentou 5,8% no último trimestre de 2022 e face aos três meses anteriores e 1,5% em termos homólogos, conclui nesta quarta-feira, 10 de maio, a OCDE. Os crescimentos são superiores aos da média da organização.

De acordo com dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) divulgados nesta quarta-feira, o rendimento real das famílias, alisado per capita, aumentou 5,8% no último trimestre de 2022. O avanço é superior ao registado no PIB real per capita (0,3%).

No conjunto dos 21 países da organização para os quais já há dados, o rendimento real per capita foi de 0,6%, também maior do que o do PIB per capita (0,1%). Isto significa que o rendimento real e o PIB real per capita aumentaram mais em Portugal no último trimestre de 2022 do que na média da OCDE.

Em termos anuais, o rendimento real das famílias, per capita, também aumentou em Portugal, mas menos. Os dados da OCDE dão conta de uma subida de 1,5%. Pelo contrário, e apesar do crescimento moderado no quarto e terceiro (de 1%) trimestres, no conjunto do ano e na média das economias da organização houve uma quebra no rendimento real, de 3,8% - a maior desde o início da série, que teve início em 2007.

"Os resultados do rendimento real familiar variaram amplamente entre os países da OCDE no quarto trimestre de 2022. Dos 21 países para os quais há dados disponíveis, oito registaram um aumento na renda familiar real per capita, enquanto os outros 13 registaram uma queda", resume a organização sediada em Paris, numa nota divulgada nesta quarta-feira.

Entre as economias do G7 para as quais há dados disponíveis, o Reino Unido registou o maior aumento no rendimento real das famílias per capita no quarto trimestre de 2022 (1,2%), impulsionado pelo crescimento salarial e pelo apoio público ao consumo doméstico de energia. Canadá, França e Estados Unidos também registaram aumentos no rendimento real das famílias per capita, superando o desempenho do PIB per capita, que cresceu 0,5% nos Estados Unidos e recuou no Canadá e na França.

Por outro lado, o rendimento real das famílias per capita caiu 3,5% na Itália, devido ao aumento dos preços da energia no quarto trimestre de 2022 e, consequentemente, da inflação, o que prejudicou o rendimento familiar quando medido em termos reais.

Em 2022 como um todo, o rendimento das famílias real per capita caiu 3,9% nas economias do G7. A maior queda foi nos Estados Unidos (-6,0%), depois do fim dos apoios públicos relacionados com a COVID-19 para famílias em 2021. Entre outros países da OCDE, o Chile registou o maior declínio no rendimento real das famílias per capita em 2022 (-15,1%), depois de, com o fim da pandemia, acabar também o acesso excecional à pensão antecipada, permitido em 2021.

"Mesmo as economias que não foram afetadas pelo fim dos apoios relacionados com a pandemia, o aumento da inflação penalizou o rendimento familiar termos reais em 2022, apesar do crescimento do PIB per capita", conclui a OCDE.
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