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ISEG estima que economia tenha crescido entre 15% ou 16% no segundo trimestre

O ISEG estima que a economia portuguesa tenha crescido entre os 15% e 16% no segundo trimestre, correspondendo a um aumento de 4,6% a 5,5% face ao primeiro trimestre, segundo a síntese de conjuntura divulgada esta segunda-feira.

Mariline Alves
05 de Julho de 2021 às 14:36
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"A dimensão do crescimento previsível para o 2.º trimestre é o reflexo do negativo do 2.º trimestre de 2020, com exclusão do que se perdeu com uma situação ainda não normalizada do ponto de vista sanitário e alguns impactos económicos mais duradouros da crise vivida", pode ler-se na síntese económica de conjuntura hoje divulgada.

De acordo com o documento relativo a junho, os economistas do ISEG mantêm "a previsão para o crescimento anual no intervalo de 3,5% a 4,5%".

O documento do ISEG sinaliza que a economia se manterá ainda "a alguma distância do período homólogo de 2019".

Em termos de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), os economistas do ISEG sinalizam que se irá basear "no crescimento da procura interna".

"Espera-se um crescimento substancial do Consumo Privado nas suas componentes de bens duradouros e serviços. Também a Formação Bruta de Capital Fixo [rubrica de investimento] deverá crescer mais do que no trimestre anterior, pois, para além da Construção, as indicações preliminares para a FBCF em material de Transporte e Máquinas e Equipamento são bastante positivas", pode ler-se no documento.

Quanto ao consumo público, o ISEG espera "uma evolução em linha com a dos trimestres anteriores, mas com uma variação homóloga ampliada pelo efeito base".

"No tocante à Procura Externa Líquida (PEL), o seu contributo para o PIB é mais incerto pois o crescimento da procura turística externa poderá ter sido insuficiente para obter um resultado positivo, ainda que se espere, pelo menos, um contributo menos negativo da PEL do que o registado no 1.º trimestre", assinala ainda o texto.

Na semana passada, o Fórum para a Competitividade estimou que o crescimento económico no segundo trimestre tenha ficado entre os 14% e os 18% face a 2020, apontando para um aumento entre 4% e 8% face ao primeiro trimestre.

À entrada para a Cimeira da Recuperação de quarta-feira, que encerrou a presidência portuguesa da União Europeia, o ministro das Finanças, João Leão, apontou para um crescimento da economia portuguesa superior a 4% para este ano, acima do previsto no Programa de Estabilidade (precisamente 4%), e não especificou se mantém a expectativa de poder chegar aos 5%, como antecipou, em entrevista à Lusa, em maio.

Também em maio, a Comissão Europeia reviu em baixa o crescimento económico esperado para Portugal, apontando para 3,9% quando em fevereiro esperava 4,1%.

Em termos trimestrais, Bruxelas aponta para uma recuperação do PIB português do segundo ao quarto trimestre, quer em cadeia (3,2%, 3,9%, e 1,0% respetivamente), quer face aos mesmos trimestres do ano passado (13,5%, 4,0% e 4,9%, respetivamente).

Em termos anuais, as previsões da Comissão Europeia estão exatamente alinhadas com as do Fundo Monetário Internacional (FMI), estando uma décima abaixo dos 4,0% esperados pelo Governo, abaixo dos 4,8% previstos pelo Banco de Portugal (BdP), e acima dos 3,3% do Conselho das Finanças Públicas (CFP) e dos 3,7% da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).


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