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Investimento regista crescimento mais baixo em ano e meio

A formação bruta de capital fixo (FBCF) cresceu 1,9% entre Julho e Setembro de 2015, em comparação com o mesmo período do ano passado. É a variação homóloga mais baixa desde o primeiro trimestre de 2014.

30 de Novembro de 2015 às 14:15
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O terceiro trimestre do ano foi o oitavo consecutivo em que o investimento, medido pela FBCF, registou um crescimento em comparação com o ano anterior. No entanto, esta variação interrompe uma trajectória de recuperação, sendo a mais baixa desde arranque do ano passado.

"No terceiro trimestre, o Investimento registou um crescimento homólogo de 1,7% em volume, após um aumento de 8,5% no segundo trimestre. A FBCF total desacelerou significativamente, passando de um crescimento homólogo de 5,3% no trimestre anterior para 1,9%", pode ler-se na publicação do Instituto Nacional de Estatística (INE), divulgada esta manhã, 30 de Novembro.

"A FBCF em Outras Máquinas e Equipamentos foi a componente que mais contribuiu para a desaceleração da FBCF total no 3º trimestre, registando uma diminuição homóloga de 3,1% em termos reais, após o aumento de 9,9% no trimestre anterior", acrescenta o INE. "A FBCF em Produtos de Propriedade Intelectual também contribuiu para a desaceleração da FBCF total no trimestre de referência, diminuindo 3,3% em termos homólogos (variação de -2,3% no trimestre anterior)."

A rubrica do investimento tem sido a mais lenta a reagir à recuperação da economia. Ao contrário do consumo – que caiu muito, mas está em franca recuperação – o investimento está a demorar mais tempo a reagir. Por trás desta demora estão vários motivos, entre os quais o elevado endividamento das empresas, as dificuldades de acesso ao crédito e fracas perspectivas de vendas, devido ao aumento do desemprego e quebra de rendimento.

Os últimos dois factores estavam a desagravar-se nos últimos trimestres, mas o primeiro – dívida das empresas privadas – continua a ser um problema e, para muitos analistas, continuará a ser um dos principais entraves ao crescimento económico de Portugal nos próximos anos. 

Estes dados do investimento foram divulgados pelo INE no âmbito da segunta estimativa para as Contas Nacionais do terceiro trimestre, sendo que foi confirmado um crescimento económico de 1,4%, o mesmo resultado da estimativa rápida. 



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