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PS defende que PIB "desmente narrativa do governo" e reforça "urgência" de novas medidas

A economia portuguesa está a abrandar, revela o INE. Para o PS, é a prova de que o Governo anterior falhou. E é também a prova, diz João Galamba, de que as políticas socialistas são necessárias. O PCP acusa o PSD e o CDS de "grande embuste".

João Galamba. Pasta provável: Sem sector atribuído
Vítor Mota/Correio da Manhã
30 de Novembro de 2015 às 16:42
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O Partido Socialista está a colar o abrandamento económico em Portugal, confirmado pelo Instituto Nacional de Estatística, ao Partido Social Democrata. E defende que é com as políticas socialistas que o crescimento poderá ocorrer. 


"O PS sempre contestou a narrativa fantasiosa [do PSD e CDS] de que estaria em curso o crescimento da economia e a aceleração do crescimento. O PS sempre contestou esses dados", afirmou o porta-voz socialista, João Galamba, em declarações aos jornalistas esta segunda-feira, 30 de Novembro. O deputado deu mesmo o exemplo da sobretaxa, em que foi prometida uma devolução que, neste momento, não é certa.

 

Para Galamba, os números revelados pelo INE, que confirmam que o produto interno bruto nacional avançou 1,4% no terceiro trimestre face ao período homólogo (dificultando a concretização da previsão para todo o ano), "tornam mais urgente a execução prioritária do programa do actual Governo". Além do PIB, saiu a informação de que a taxa de desemprego subiu em Setembro para 12,4%, onde ficou em Outubro.

 

O PS defende que os "dados conhecidos mostram que tem razão". Por um lado, disse Galamba, é preciso actuar pelo consumo. Para o deputado, o "consumo está em forte desaceleração". Daí que o porta-voz do partido do Governo exemplique que é necessário promover a devolução da sobretaxa a um ritmo mais rápido do que o previsto até aqui e o aumento do salário mínimo.

 

Por outro lado, o porta-voz socialista falou no investimento - que marcou o avanço mais fraco em ano e meio: "O PSD e o CDS têm dito que a estratégia de redução de IRC era a correcta para criar condições para que o investimento crescesse. O que INE mostra é que a estratégia de promoção de investimento não estava a resultar, é preciso uma nova", continua.

 

"O contributo da procura interna para a variação homóloga do PIB diminuiu no terceiro trimestre (passando de 3,5 pontos percentuais (p.p.) no segundo trimestre para 1,9 p.p.), reflectindo a desaceleração do investimento e, em menor grau, das despesas de consumo final", indica a nota divulgada pelo INE esta segunda-feira. 

Galamba quis deixar claro que os números são referentes a um período da exclusiva responsabilidade do Governo de Passos Coelho: "São pré-eleições e desmentem a narrativa eleitoral do Governo [PSD e CDS]".

 

PCP fala em "grande embuste"

 

Também os comunistas alinham na mesma ideia. "Isto vem revelar que tudo aquilo que foi intensamento dito aos portugueses não passava, afinal, de um grande embuste", disse António Filipe aos jornalistas, também no Parlamento, segundo declarações transmitidas pela SIC Notícias.

 

Também o deputado do PCP considera que a economia portuguesa se está a caracterizar "pela estagnação e pela desaceleração".

 

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