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Investimento direto estrangeiro totalizou 4,1 mil milhões na primeira metade do ano

Montante compara com 2 mil milhões investidos no primeiro semestre de 2023. Aumento deveu-se sobretudo "ao investimento realizado por investidores não residentes no capital de entidades portuguesas". Dos 4,1 mil milhões, mais de um terço foram aplicados em investimento imobiliário.

Miguel Baltazar
27 de Agosto de 2024 às 11:26
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O investimento direto estrangeiro (IDE) em Portugal totalizou 4,1 mil milhões de euros no primeiro semestre do ano, segundo os dados divulgados esta terça-feira pelo Banco de Portugal (BdP). Do total de transações de IDE efetuadas nesse período, 1,6 mil milhões de euros foram aplicados em investimento imobiliário, mesmo com o fim dos vistos gold.

O montante transferido pelos investidores estrangeiros em Portugal na primeira metade deste ano compara com 2 mil milhões de transações de IDE relativas ao primeiro semestre de 2023. Esse aumento deu-se sobretudo devido "ao investimento realizado por investidores não residentes no capital de entidades portuguesas (4,3 mil milhões de euros)", explica o banco liderado por Mário Centeno.

Os países europeus foram os que mais investiram em Portugal entre janeiro e junho. Só no segundo trimestre, foram transferidos por investidores europeus cerca de 2,7 mil milhões de euros. Com uma diferença significativa, surge a América em segundo lugar na lista de continentes com mais transações de IDE para Portugal, com 282 milhões de euros transferidos entre abril e junho.

Em sentido contrário, as transações de investimento direto de Portugal no exterior (IPE) totalizaram 2,6 mil milhões de euros no primeiro semestre. O valor compara com 3,4 mil milhões de euros registados em igual período do ano passado. No IPE, "destacou-se o investimento realizado por investidores portugueses em entidades residentes em países do continente europeu".

Com o aumento desses dois fluxos de investimento, o stock de IDE atingiu 184 mil milhões de euros no primeiro semestre do ano, enquanto o stock de IPE subiu para 67,6 mil milhões de euros. No que toca ao IDE, o stock total corresponde a 67% do PIB português. Já o stock de IPE representa 25% do PIB nacional.

"Desde 2008 que ambos os stocks têm aumentado, embora a ritmos diferentes: o IDE mais do que duplicou entre o final de 2008 e o primeiro semestre de 2024, enquanto o IPE cresceu 29%. Quando medidos em percentagem do PIB, o peso do IDE aumentou 22 pontos percentuais, mas o peso do IPE reduziu-se 5 pontos percentuais", indica o BdP.

Em relação ao IDE, o BdP dá ainda conta que os setores de atividade económica das "Outras atividades" e das "Indústrias, eletricidade, gás e água" mantiveram-se, no primeiro semestre como os que mais investimento direto atraíam. As "Outras Atividades" representavam 39% do stock de IDE em Portugal, enquanto as "Indústrias, eletricidade, gás e água" representavam 14% do stock.

Dentro das "Outras Atividades", destacavam-se a "Educação, saúde, outras atividades de serviços sociais e pessoais e outras atividades", incluindo as atividades financeiras e de seguros (40,9 mil milhões de euros), e as "Atividades de consultoria e administrativas" (22,5 mil milhões de euros), como agregados que concentravam maior valor de IDE.

(notícia atualizada às 11:51)

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