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Inflação na Zona Euro estabiliza em 2,4% em abril após três meses a abrandar
Estimativa rápida do Eurostat revela que a variação homóloga do índice harmonizado de preços no consumidor manteve-se inalterada em abril. Alimentos voltaram a acelerar e a energia caiu menos do que no mês precedente, aproximando-se de valores positivos.
Entre as quatro principais componentes da inflação na Zona Euro (serviços; alimentação, bebidas alcoólicas e tabaco; bens industriais não-energéticos; e energia), a maior contribuição para a variação homóloga do índice harmonizado de preços no consumidor (IHPC) em abril terá sido dada pelos serviços. Ainda assim, o índice relativo aos serviços abrandou de 4% para 3,7% em abril.
Em sentido inverso, a categoria que junta alimentação, bebidas alcoólicas e tabaco terá voltado a acelerar em abril, tendo aumentado duas décimas para 2,8%. Esta é a primeira aceleração nos alimentos a registar-se na Zona Euro depois da forte desaceleração que marcou os últimos meses. Em janeiro, a variação homóloga do IHPC dos alimentos, bebidas alcoólicas e tabaco era de 5,6%.
A inflação subjacente, que exclui os produtos que estão mais sujeitos a variações de preços (alimentos e energia), terá abrandado de 2,9% para 2,7% em abril. Este é um dos indicadores ao qual o Banco Central Europeu (BCE) tem estado especialmente atento na calibração da política monetária para controlar a inflação na Zona Euro. Há um ano, a inflação subjacente era de 5,6%.
Inflação em Portugal abaixo da Zona Euro
A estimativa rápida do Eurostat revela também que, entre os 20 países que integram a moeda única, três mantiveram uma variação homóloga inalterada face ao mês precendente, como foi o caso da França (2,4%), Finlândia (0,6%) e Lituânia (0,4%). Por outro lado, cinco (Alemanha, Espanha, Bélgica, Chipre e Letónia) contrariaram a trajetória descendente e viram a variação homóloga acelerar.
O IHPC nos restantes países abrandou em abril, como foi o caso de Portugal. Por cá, o IHPC teve uma variação homóloga de 2,3%, o que compara com 2,6% registados no mês precedente.
França, Alemanha e Eslováquia tiveram uma variação igual à média da Zona Euro (2,4%). A estimativa rápida dá conta de que houve oito países a registarem uma variação homóloga acima da média do euro, com destaque para Bélgica (4,9%), Croácia (4,7%) e Espanha e Áustria (ambos com 3,4%), que tiveram as variações homólogas mais elevadas.
Por outro lado, outros oito países registaram taxas de inflação mais abaixas do que a média da Zona Euro, como foi o caso de Portugal. Com as taxas mais baixas, destacaram-se a Lituânia (0,4%), Finlândia (0,6%) e Itália (1%).