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Inflação na Zona Euro abranda para 2,4% em março

Estimativa rápida do Eurostat indica que a variação homóloga do IHPC na Zona Euro terá desacelerado duas décimas em março. Variação retoma valor registado em novembro. Inflação crítica também terá abrandando, atingindo mínimos de dois anos.

Restaurantes e hotéis ganham peso na medição da inflação este ano, refletindo gastos das famílias em 2023.
Miguel Baltazar
Joana Almeida JoanaAlmeida@negocios.pt 03 de Abril de 2024 às 10:10
A inflação na Zona Euro desacelerou de 2,6% para 2,4% em março, segundo a estimativa rápida do Eurostat divulgada esta quarta-feira. Este terá sido já o terceiro mês seguido em que a variação homóloga da inflação abranda, após se ter verificado uma aceleração nos preços de venda ao consumidor no final de 2023. É o valor mais baixo desde novembro de 2023.

Entre as quatro grandes componentes do índice harmonizado de preços no consumidor (IHPC) – alimentação, álcool e tabaco; energia; bens industriais não energéticos; e serviços – terá havido uma desaceleração nos preços de todas as componentes, exceto na energia e serviços.

Os serviços terão registado a variação homóloga mais elevada em março, ultrapassando a alimentação, álcool e tabaco, que eram até aqui a componente com inflação mais elevada. Em março, a estimativa rápida do Eurostat aponta para que a variação homóloga do preço dos serviços se tenha mantido estável em 4%.

Já na energia, a variação homóloga do IHPC terá sido de -1,8%, um valor que compara com -3,7% registados no mês anterior. Significa isso que, apesar de os preços da energia estarem ainda mais baratos face ao ano passado, estão a cair menos do que anteriormente, aproximando-se de valores positivos. Para isso, terá contribuído a subida do preço do petróleo devido à guerra no Médio Oriente.

Por outro lado, a variação homóloga dos preços dos bens alimentares, álcool e tabaco terá tido uma trajetória decrescente, desacelerando de 3,9% para 2,7% em março. Este é já o valor mais baixo em mais de dois anos. Dentro dessa componente, os produtos alimentares não processados (frescos) atingiram, pela primeira vez desde o início deste ciclo inflacionista, valores negativos (-0,4%).

Em relação aos bens industriais não energéticos, o cenário terá sido também de desaceleração: de 1,6% em fevereiro para 1,1% em março. 

A estimativa rápida do Eurostat revela ainda que a inflação subjacente, que exclui as componentes do cabaz de compras que estão mais sujeitas a variações de preços (energia e alimentos), desacelerou de 3,1% para 2,9%, acompanhando o abrandamento da inflação global. A evolução desse indicador, que mede a "inflação crítica", tem sido acompanhado de perto pelo Banco Central Europeu (BCE).

Portugal na lista de países com nova aceleração nos preços

Entre os 20 países da moeda única, Portugal terá sido um dos países que terá registado uma nova aceleração nos preços em março, de 2,3% para 2,6%. Além de Portugal, outros sete países (Bélgica, Grécia, Espanha, Croácia, Itália, Letónia e Países Baixos) viram os preços de venda ao consumidor voltar a acelerar no mês de março face ao anterior.

Houve ainda três países cuja variação homóloga do IHPC ter-se-á mantido inalterada (Luxemburgo, Áustria e Eslovénia).

A taxa de variação homóloga do IHPC mais elevada terá sido registada na Croácia (4,9%), seguida pela Áustria (4,2%) e Estónia (4,1%). Em sentido contrário, a variação homóloga mais baixa terá sido observada na Lituânia (0,3%), Finlândia (0,7%) e Letónia (1%).

(notícia atualizada às 10:56)

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