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Inflação alivia mais do que o estimado em novembro. Abrandou para 1,5%

Índice de preços no consumidor ficou uma décima abaixo do avançado pela estimativa rápida. Esta é a terceira desaceleração consecutiva da inflação. Preços na energia e alimentos, que comparam com os elevados preços registados há um ano, explicam alívio.

Em outubro, a variação homóloga do índice de preços no consumidor abrandou de 3,6% para 2,1%. Há um ano, estava a atingir máximos desde a adesão ao euro, nos 10,1%.
Pedro Catarino
14 de Dezembro de 2023 às 11:15
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O Instituto Nacional de Estatística (INE) reviu esta quinta-feira em ligeira baixa a inflação de novembro. Os dados finais indicam que o índice de preços no consumidor ficou uma décima abaixo do avançado pela estimativa rápida, confirmando-se uma desaceleração pelo terceiro mês consecutivo.

"A variação homóloga do IPC [índice de preços no consumidor] foi 1,5% em novembro de 2023, taxa inferior em 0,6 pontos percentuais à registada no mês anterior. Com arredondamento a uma casa decimal, esta taxa é inferior em 0,1 p.p. ao valor da estimativa rápida divulgada a 30 de novembro", refere o INE.

A explicar esse abrandamento da subida dos preços está o facto de o aumento mensal dos preços em novembro ter sido inferior ao que se verificou em novembro de 2022. O INE destaca que, no caso dos produtos alimentares, a subida foi de 0,4% em novembro, quando há um ano tinha sido de 1,7%. 

Este é já o terceiro mês consecutivo em que a subida dos preços está a abrandar, depois de em agosto se ter registado a primeira aceleração desde que foi atingido o "pico" em outubro do ano passado. Esta é também a primeira vez que a inflação atinge valores abaixo da meta dos 2% definida pelo Banco Central Europeu (BCE).

A inflação subjacente, que exclui produtos alimentares não transformados e energéticos (por serem mais sujeitos a variações de preços), teve uma subida homóloga de 2,9%, o que compara com 3,5% em outubro. O abrandamento da chamada "inflação crítica" revela que o contágio da subida de preços entre os diferentes bens e serviços do cabaz de compras dos portugueses está a diminuir.

Em linha com a estimativa rápida, o índice relativo aos produtos energéticos abrandou para -12,4%, menos quatro décimas do que no mês anterior. Já o índice referente aos produtos alimentares não transformados desacelerou para 3,5%, o que compara com uma variação de 4% no mês precedente.

Em termos mensais, a variação do IPC foi de -0,3%, menos uma décima do que no mês anterior. Já a variação média nos últimos doze meses foi de 5%, o que compara com 5,7% registados em outubro.

Por outro lado, o índice harmonizado de preços no consumidor (IHPC) português, que permite comparar a inflação com a dos restantes Estados-membros, teve uma variação homóloga de 2,2%, menos uma décima do que antecipado. O valor é inferior em duas décimas à média estimada da Zona Euro.

Sem contar com os produtos alimentares não transformados e energéticos, o IHPC em Portugal teve uma variação homóloga de 3,6% em novembro, um valor que é inferior em seis décimas à taxa correspondente para a Zona Euro. Já a variação mensal do IHPC foi de -1% em novembro.

(notícia atualizada às 11:38)
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