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Inflação abranda para 1,9% em agosto com preços da energia em queda
Variação homóloga da inflação de agosto terá sido inferior em 0,6 pontos percentuais à do mês anterior. Desaceleração é explicada, sobretudo, pela queda nos preços de venda da energia ao consumidor e pelo abrandamento dos preços dos bens alimentares. Inflação crítica manteve-se inalterada em 2,4%.
A taxa de inflação em Portugal terá abrandado para 1,9% em agosto, segundo a estimativa rápida do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgada esta sexta-feira. A desaceleração é explicada, sobretudo, pela queda nos preços de venda da energia e dos bens alimentares ao consumidor.
"Tendo por base a informação já apurada, a taxa de variação homóloga do índice de preços no consumidor (IPC) terá diminuído para 1,9% em agosto de 2024, taxa inferior em 0,6 pontos percentuais à observada no mês anterior", indica o INE, no boletim estatístico publicado.
A inflação subjacente, que exclui os produtos cujos preços são mais propícios a fortes variações (produtos alimentares não transformados e energéticos), terá registado uma variação de 2,4%. O valor é igual ao verificado no mês anterior. Este é um indicador ao qual o Banco Central Europeu (BCE) tem estado particularmente atento, porque evidencia o nível de "enraizamento" da inflação na economia.
Depois de ter estado a subir desde o início do ano, o índice relativo aos produtos energéticos voltou a registar quedas. Em agosto, o INE estima que tenha caído para -1,4%, o que compara com 4,2% registados no mês anterior. Essa diminuição deveu-se "essencialmente devido à conjugação da redução mensal nos preços dos combustíveis e lubrificantes (-2,5%) com o efeito de base associado ao aumento registado em agosto de 2023 (9,3%)".
Por outro lado, o índice referente aos produtos alimentares não transformados (alimentos frescos) diminuiu para 0,8%. Em julho, a variação homóloga desse indicador tinha sido de 2,8%. O INE nota que a contribuir para essa diminuição esteve "o contributo da fruta fresca", o que pode ser "parcialmente atribuível ao efeito de base associado ao aumento de 3,9% registado em agosto de 2023 nesta categoria".
Em comparação com o mês anterior, a variação do IPC terá sido -0,3%, quando no mês anterior tinha sido de -0,6%. O INE estima ainda que a variação média nos últimos doze meses terá sido de 2,3%, o que compara com 2,5% no mês anterior. Já a inflação média dos últimos 12 meses sem habitação, que serve de coeficiente para a atualização das rendas, fixou-se em 2,16%.
Já o índice harmonizado de preços no consumidor (IHPC) português, que permite comparar a evolução dos preços de Portugal com a dos restantes Estados-membros, terá registado uma variação homóloga de 1,8% em agosto. Em julho, a variação homóloga do IHPC tinha sido de 2,7%.
Os dados definitivos referentes ao IPC de agosto serão publicados no dia 11 de setembro.
(notícia atualizada às 9:48)