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INE: Confiança dos portugueses atenua queda em Dezembro
Os indicadores de confiança dos consumidores e empresários portugueses continuaram a cair em Dezembro, mas menos que nos meses anteriores, diz o Instituto de Estatística.
Os indicadores de confiança dos consumidores e dos empresários portugueses fecharam o ano em queda após os máximos atingidos em meados de 2015. O recuo foi menor que nos meses anteriores destacou o Instituto Nacional de Estatística (INE) na terça-feira, dia 5 de Janeiro.
"O indicador de confiança dos consumidores diminuiu em Dezembro, mas menos acentuadamente que no mês anterior, após ter estabilizado em Outubro no valor mais elevado desde Abril de 2001", destaca o INE, que explica que a redução "reflectiu o contributo negativo das perspectivas relativas à evolução da situação económica do país e do desemprego".
Este indicador é apresentado em médias móveis de três meses, ou seja, o valor de Dezembro reflecte a média dos valores de Outubro, Novembro e Dezembro. Considerando apenas o valor do último mês do ano o indicador recuperou, escreve o INE.
Quanto ao indicador de clima económico, que mede a confiança dos empresários, continuou a queda iniciada em Outubro "após ter estabilizado nos dois meses anteriores", analisa o INE, que dá conta de resultados negativos na construção e serviços e positivos na indústria e no comércio.
"O indicador de confiança da indústria transformadora aumentou em Dezembro, devido ao contributo positivo de todas
as componentes, apreciações sobre a procura global e sobre os stocks de produtos acabados e perspectivas de produção", explica o INE, que acrescenta que o "indicador de confiança da construção e obras públicas agravou-se em Novembro e Dezembro, devido ao comportamento negativo das duas componentes, perspectivas de emprego e opiniões sobre a carteira de encomendas".
Na nota divulgada à imprensa, o INE dá conta que "o indicador de confiança do comércio aumentou ligeiramente em Dezembro, reflectindo o contributo positivo das expectativas de actividade e das opiniões sobre o volume de stocks, enquanto as apreciações sobre o volume de vendas contribuíram negativamente" e que "o indicador de confiança dos serviços reduziu-se nos últimos três meses, em resultado da evolução negativa das opiniões sobre a actividade da empresa e sobre a evolução da carteira de encomendas, mais intensa no primeiro caso".