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INE confirma inflação média de 1,3% em 2021

No segundo semestre do ano a subida dos preços ficou sempre acima da média, nota o INE, com efeitos diretos ou indiretos da subida dos preços da energia nas restantes categorias.

Black Friday vai testar comportamento do consumidor depois de a pandemia ter aumentado compras online.
Pedro Ferreira
12 de Janeiro de 2022 às 11:36
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A taxa de inflação média em 2021 ficou em 1,3%, confirmou esta quarta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE). Na segunda metade do ano, os preços ficaram sempre acima da média, o que mostra a escalada dos últimos meses, assinala o organismo.

"A taxa de variação homóloga do IPC total evidenciou um forte movimento ascendente ao longo de 2021, em particular na segunda metade do ano em que as variações observadas foram sempre superiores ao valor da média anual", lê-se no boletim.

O organismo de estatística explica que a subida de preços da segunda metade do ano foi generalizada às várias categorias, refletindo o impacto direto ou indireto da subida dos custos da energia. Mesmo excluindo do índice de preços a energia e os bens alimentares, a taxa de inflação subjacente em 2021 foi de 0,8%. Em 2020 tinha sido nula, tal como o índice global. 

Ainda assim, o INE assinala que, ao contrário do que aconteceu em anos anteriores, em 2021 os bens registaram uma inflação mais elevada do que os serviços. Enquanto os preços dos bens subiram 1,7% (tinham caído em 2020 e 2019), os preços dos serviços avançaram 0,6% (tinham subido 0,7% e 1,2% em 2020 e 2019).

Uma explicação para este comportamento tem que ver com o impacto da pandemia em serviços como a restauração e alojamento. O INE nota que nos restaurantes e hotéis os preços desceram na maior parte dos meses de 2021, mas sobretudo no primeiro semestre.

O mês com quedas mais fortes foi junho, quando os preços caíram 6,2% em termos homólogos. Depois, com a progressiva reabertura da economia no segundo semestre houve um movimento "marcadamente ascendente". Nos últimos três meses do ano a inflação nos restaurantes e hotéis já foi suficientemente forte para ditar uma subida média de preços no conjunto do segundo semestre.

Preços aceleram em dezembro

Em dezembro, a taxa de inflação foi de 2,7%, em vez dos 2,8% inicialmente reportados na estimativa rápida. Mas o INE nota que a correção foi de apenas 0,02 pontos percentuais, tendo sido porém o suficiente para, no arredondamento, mudar uma décima.


Sem contar com a energia e os bens alimentares, a taxa de inflação homóloga em dezembro foi de 1,8%, mais uma décima do que a verificada em novembro. Em termos mensais, a variação foi nula.

Olhando para a energia, no último mês do ano os preços ficaram 11,2% acima dos praticados em dezembro de 2020. Nos produtos alimentares, a subida homóloga foi de 3,2%.

Embora a subida tenha desacelerado face a novembro, continuou a ser nos transportes que se verificou o maior aumento (6,7%). No vestuário e calçado, e nos bens alimentares e bebidas não alcoólicas a subida dos preços acelerou. Mas "pela primeira vez desde maio de 2003, todas as classes registaram variações homólogas positivas", sublinha o INE.

Apesar da subida dos preços, Portugal continua a ser dos países da União Europeia a registar uma taxa de inflação mais contida. Em termos harmonizados, o indicador registou uma variação média de 0,9% em 2021, enquanto o conjunto da moeda única deverá ter chegado aos 2,6%. Em dezembro, o índice harmonizado de preços para Portugal subiu 2,8% em termos homólogos, enquanto na zona euro atingiu 5%.

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