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INE confirma desaceleração da inflação para 2,5% em julho

INE indica que julho terá sido o segundo mês consecutivo de abrandamento da subida dos preços no consumidor. Apesar da inflação nos alimentos ter acelerado, o alívio nos preços da energia permitiu puxar os preços para baixo. Inflação "crítica" manteve-se nos 2,4%.

DR
12 de Agosto de 2024 às 11:06
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O Instituto Nacional de Estatística (INE) confirmou esta segunda-feira que a inflação abrandou, em termos homólogos, para 2,5% em julho. Este foi o segundo mês consecutivo de desaceleração na subida dos preços no consumidor, depois de vários avanços e recuos no processo de desinflação desde o início do ano. 

"A variação homóloga do IPC [índice de preços no consumidor] foi 2,5% em julho de 2024, taxa inferior em 0,3 pontos percentuais à registada no mês anterior. Com arredondamento a uma casa decimal, esta taxa coincide com o valor da estimativa rápida divulgada a 31 de julho", indica o INE, no boletim estatístico divulgado. 

Os dados do INE revelam que a inflação subjacente, que exclui os produtos que estão mais sujeitos a grandes variações em termos de preço (produtos alimentares não transformados e energéticos), registou em julho uma variação homóloga de 2,4%. Essa variação é "idêntica à observada em junho", o que significa que a chamada "inflação crítica", a que o Banco Central Europeu está particularmente atento, estabilizou.

A inflação na energia aliviou em julho, depois de vários meses a acelerar. No último mês, o IPC dos produtos energéticos diminuiu de 9,4% para 4,2%, com a autoridade estatística a explicar que esse abrandamento deu-se "essencialmente devido ao menor aumento mensal registado nos preços da eletricidade (0,3%) quando comparado com o que se tinha verificado em julho de 2023 (15,4%)".

no que diz respeito aos produtos alimentares não transformados (alimentos frescos), verificou-se uma nova aceleração em julho, de 1,8% para 2,8%. "Esta aceleração provém da conjugação do aumento mensal de preços verificado em julho de 2024 (0,4%) com o efeito de base associado à redução registada um ano antes (-0,5%)", explica o INE.

Em termos mensais, a variação do IPC foi -0,6%, quando, no mês anterior, tinha sido nula. A variação média dos últimos doze meses foi 2,5%, um "valor idêntico" ao registado em junho.

O índice harmonizado de preços no consumidor (IHPC) português, que permite comparar a variação da inflação entre Estados-membros, abrandou 0,4 pontos percentuais, para 2,7% em julho. O valor é, no entanto, superior em uma décima ao valor estimado pelo Eurostat para a Zona Euro. Em junho, o IHPC em Portugal tinha sido superior ao da Zona Euro em 0,6 pontos percentuais.

Sem contar com os produtos alimentares não transformados e energéticos, o IHPC em Portugal teve uma variação homóloga de 2,6% em julho, menos uma décima do que em junho. O valor é inferior à taxa correspondente para na Zona Euro (estimada em 2,8%).

(notícia atualizada às 11:24)

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