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Guindos: Economia espanhola cresceu “pelo menos” 0,4% no segundo trimestre
O ministro espanhol da Economia defende ainda que a reforma fiscal, recentemente anunciada, serve o propósito de impulsionar o crescimento económico. A reforma foi apoiada por Wolfgang Schäuble, ministro das Finanças alemão.
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O ministro da Economia espanhol, Luis de Guindos, anunciou esta segunda-feira que o crescimento económico, no segundo trimestre, foi "pelo menos tão intenso" como no primeiro, altura em que o PIB do país vizinho cresceu 0,4%. De Guindos disse ainda que os indicadores adiantados pelo Ministério apontam para um crescimento "que poderá ser ainda maior".
O responsável pela pasta da economia espanhola, citado pelo diário "Expansión", assegurou que a reforma fiscal aprovada pelo Governo é "perfeitamente compatível com o crescimento e com a criação de emprego".
De Guindos falava no evento "Campus FAES 2014" que contou também com a participação do ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schäuble, que defendeu, a propósito da reforma tributária em Espanha, que qualquer reforma "é bem-vinda" desde que respeite o Pacto de Estabilidade.
"Sempre que se respeite o Pacto de Estabilidade, as reformas são boas, e se promoverem o crescimento, são ainda melhores. No caso da reforma fiscal espanhola, creio que é assim", assegurou o ministro alemão. Schäuble sublinhou ainda que o país vizinho provou que, com uma política fiscal e financeira "sólida" e reformas adequadas, "alcança-se sucesso" e é por isso que Espanha goza de "uma grande confiança" dos parceiros do Eurogrupo.
O Governo espanhol anunciou, na semana passada, a aguardada reforma tributária, que contempla uma baixa generalizada de impostos. Além da redução média do IRS de 12,5%, a partir de 2016, também o IRC vai cair, em duas fases, entre 2015 e 2016, dos 30% para os 25%.
No entanto, os planos do Executivo de Rajoy não passaram ao lado da Comissão Europeia que logo advertiu para os riscos de a reforma fiscal comprometer o cumprimento das metas em matéria de consolidação orçamental. Espanha deve baixar o défice este ano para 5,8% do PIB (5,5% é a meta apontada pelo Governo no seu programa de estabilidade), no próximo ano para 4,2% e em 2016 para 2,8%.