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FMI corta crescimento de Espanha para este ano e vê inflação abaixo dos 4%

O principal cliente das exportações portuguesas deverá registar uma expansão da atividade de apenas 1,1% no conjunto do ano, depois de um crescimento de 5,2% em 2022. Só no início de 2024 é que deverá atingir o nível pré-pandemia.

Reuters
19 de Janeiro de 2023 às 16:45
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O Fundo Monetário Internacional (FMI) cortou no crescimento económico esperado para Espanha este ano, de 1,2% para 1,1%, apesar de uma forte revisão em alta para 2022, passando de 4,6% para 5,2%. Já a taxa de inflação deverá sofrer uma forte desaceleração ao longo deste ano, de 5,8% para 3,8%, devido ao aumento dos preços e a condições financeiras mais difíceis.

As novas projeções surgem no âmbito do Artigo IV de avaliação regular das economias pertencentes ao FMI. A atividade só deverá regressar aos níveis pré-covid no início de 2024, quando Portugal o conseguiu fazer ainda em 2022.

O organismo liderado por Kristalina Georgieva reconhece que o produto interno bruto (PIB) do país vizinho conseguiu enfrentar os desafios colocados pela invasão russa da Ucrânia, mas os preços energéticos elevados, o fraco crescimento dos principais parceiros comerciais e a "deterioração da confiança dos consumidores e das empresas" acabaram por abrandar a recuperação económica. A revisão em alta para 2022 deveu-se a um melhor desempenho do setor dos serviços – em concreto o turismo – que atingiu níveis superiores aos de pré-pandemia.

A inflação elevada de 2022, que terminou o ano nos 5,7% (as projeções do FMI ainda não incorporaram este dado) deverá descer este ano para os 3,8%. No entanto, a inflação subjacente – que exclui a energia e os bens alimentares, que são mais voláteis – vai manter-se acima de 6%, exibindo um perfil em alta, não cedendo como a inflação geral.

Em relação às contas públicas, o FMI aponta para que o Governo de Pedro Sánchez tenha fechado o ano com um défice de 4,5%, que deverá agravar-se para 4,6% em 2023. Por outro lado, a dívida pública deverá descer pouco, de 112,8% para 112,1% do PIB, atingindo a cifra de 110% em 2024.

Espanha continua a ser o principal parceiro comercial de Portugal, absorvendo mais de 26% das exportações nacionais.

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