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FMI: Apoios devem ser compensados com mais impostos ou menos despesa

Para o FMI, os orçamentos já estão limitados (ainda) pela despesa com a pandemia e pelas condições de financiamento mais apertadas. Por isso, os apoios à mitigação da perda de poder de compra das famílias mais vulneráveis, que devem existir, devem ser compensados com uma subida de impostos ou um corte na despesa, defende a instituição.

Uma subida acentuada dos bens alimentares pode afetar mais as famílias de rendimentos mais baixos, uma vez que gastam uma maior parte do seu salário em alimentação.
GettyImages
26 de Julho de 2022 às 14:01
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O FMI diz que os governos devem travar a perda de poder de compra das famílias mais pobres, mas defende que esses apoios devem ser compensados com a subida de impostos ou cortes na despesa.


Na atualização ao ‘World Economic Outlook’ divulgado nesta terça-feira, 26 de julho, o Fundo Monetário Internacional (FMI) começa por afirmar que "com a subida dos preços a continuar a esmagar as condições de vida a nível mundial, conter a inflação deve ser a primeira prioridade dos decisores políticos".


Ao mesmo tempo, destacam os economistas do Fundo, "uma política monetária mais apertada vai, inevitavelmente, ter custos económicos inevitáveis". 


Por isso, a instituição liderada por Kristalina Georgieva defende que "apoios direcionados" podem ajudar a atenuar o impacto para as famílias mais vulneráveis. Mas há um problema, considera: os orçamentos nacionais já estão no limite, por causa da pandemia, por um lado, mas também pela necessidade de, no geral, a política orçamental e macroeconómica ter de ser desinflacionista (ou seja, mais restritiva).


"Essas medidas de apoio vão ter de ser compensadas por impostos mais elevados ou menos despesa pública", defende o FMI.


Ao mesmo tempo, a entidade sediada em Washington entende que as condições monetárias mais apertadas "também vão afetar a estabilidade financeira", o que vai exigir não só o "uso criterioso" das ferramentas macroprudenciais, mas também  tornar "mais necessárias as reformas nos enquadramentos de resolução da dívida".

"As políticas para lidar com os impactos específicos nos preços da energia e dos bens alimentares devem focar-se nos mais afetados sem distorcer os preços", defende o FMI. 

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