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Famílias endividam-se ao ritmo mais elevado desde fevereiro do ano passado

Dados do Banco de Portugal revelam que o endividamento das famílias avançou 2% em agosto para o valor mais elevado desde novembro de 2012. Economia como um todo, excluindo o setor financeiro, aumentou o endividamento em 1,3 mil milhões em agosto.

Imigrantes contribuem com entradas e mais nascimentos.
João Cortesão
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O endividamento das famílias subiu em agosto ao ritmo mais elevado do último ano e meio, com um avanço de 2% face ao mesmo mês do ano passado, para mais de 157 mil milhões de euros, de acordo com os dados divulgados esta quarta-feira pelo Banco de Portugal.

Em agosto, a dívida das famílias aumentou 700 milhões de euros, "maioritariamente para finalidade de habitação", refere a nota estatística do supervisor. O valor total do endividamento das famílias atingiu os 157.064 milhões de euros, o valor mais elevado desde novembro de 2012.

Olhando para os três setores não financeiros – famílias, empresas e administrações públicas –, apenas as empresas registaram uma diminuição do endividamento. No setor público subiu mil milhões de euros (com maior contributo dos depósitos do Tesouro) o endividamento da economia aumentou 1,3 mil milhões de euros, para 810,8 mil milhões de euros. "Deste total, 451,7 mil milhões de euros respeitavam ao setor privado (empresas privadas e particulares) e 359,1 mil milhões de euros ao setor público (administrações públicas e empresas públicas)", refere o Banco de Portugal (BdP). Como referido, os particulares aumentaram o endividamento em 700 milhões de euros. Já as empresas continuam a desalavancar com uma diminuição de 300 milhões de euros, "sobretudo junto do setor financeiro, sob forma de empréstimos."

Em termos de variação homóloga, em agosto, "o endividamento das empresas privadas decresceu 0,7% relativamente ao mesmo mês de 2023, enquanto, em julho, tinha diminuído 0,2% em comparação com o mês homólogo."

Nas famílias, como referido, o endividamento cresceu 2%, "valor superior ao verificado em julho (1,4%). A taxa de variação anual de agosto é a maior desde fevereiro de 2023 (2,1%)", nota do BdP.

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