O Instituto Nacional de Estatística (INE) estima que as vendas de mercadorias portuguesas ao exterior tenha recuado 2,5% em termos homólogos, um recuo que compara com a contracção das compras ao exterior de 7,5%, revelou o instituto na nota mensal sobre comércio internacional.

"Em Abril de 2016, as exportações de bens diminuíram 2,5% e as importações de bens decresceram 7,3% face a Abril de 2015 (-3,8% e -0,6% em Março de 2016, respectivamente)", lê-se na nota do INE, que atribui os decréscimos ao comércio com países fora da União Europeia (UE).

"As exportações decresceram 2,5% (-3,8% em Março de 2016), em resultado da evolução do comércio extra-UE (-19,7%, -15,1% em Março de 2016), já que no comércio intra-UE se registou um aumento (+4,0%, +0,5% em Março de 2016)", lê-se na nota do INE, onde se acrescenta que "as importações diminuíram 7,3% (-0,6% em Março de 2016), sobretudo devido ao comportamento registado nas importações extra-UE (-23,7%, +1,1% em Março de 2016)".

A evolução das compras e vendas de mercadorias ao exterior é também influenciada de forma relevante pelos preços dos combustíveis. Sem eles, em Abril, as exportações cresceram e as importações recuaram marginalmente: "excluindo os combustíveis e lubrificantes, as exportações aumentaram 1,2% e as importações diminuíram 0,4% (respectivamente -1,2% e +3,0% em Março de 2016)".

Com este desempenho, estima ainda o INE, o mês de Abril gerou um défice na balança comercial de mercadorias de 708 milhões de euros, menos 277 milhões do que os 985 milhões registados em Abril de 2015. Excluindo combustíveis e lubrificantes, o défice recuou 65 milhões.

Considerando o trimestre terminado em Abril "as exportações de bens decresceram 1,8% e as importações de bens diminuíram 1,4% face ao período homólogo", o que gerou um défice na balança comercial de mercadorias no trimestre de 2.419 milhões de euros, mais 20 milhões ou 0,8% que entre Fevereiro e Abril de 2015.

(Notícia actualizada às 11:56)