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Exportações e consumo livram Zona Euro da mais longa recessão
Eurostat confirma que, pela primeira vez desde o terceiro trimestre de 2011, a economia conjunta dos países do euro registou uma variação positiva neste segundo trimestre, tendo Portugal sido o país onde o PIB mais cresceu (1,1%) por comparação com os três primeiros meses do ano. Contribuição do consumo (privado e público) e, sobretudo, das exportações foi decisiva.
A contribuição do consumo privado (0,1 pontos percentuais), do consumo público (0,1 p.p) e, sobretudo, das exportações (0,8 p.p) foi fundamental para quebrar dez trimestres consecutivos de retracção em cadeia do PIB conjunto dos países do euro. Por sectores de actividade, o melhor desempenho foi registado na indústria e serviços (incluindo comércio e restauração), com agricultura e construção a sofrerem variações negativas.
Os dados foram nesta quarta-feira avançados pelo Eurostat que confirmou que o PIB da Zona Euro voltou a crescer no segundo trimestre deste ano – o que não acontecia desde o terceiro trimestre de 2011 – com uma variação de 0,3% face aos três primeiros meses de 2013. Já em termos homólogos, a variação segue negativa, mas menos: nesta segunda leitura dos dados do PIB, o departamento europeu de estatística cifra em -0,5% a variação homóloga, contra -0,7% avançados na primeira leitura.
Estes dados mais completos do Eurostat confirmam ainda que neste segundo trimestre de 2013 Portugal foi o país onde o PIB mais cresceu (1,1%) por comparação com os três primeiros meses do ano. Em termos homólogos (comparando o segundo trimestre de 2013 com o mesmo período de 2012) a variação de -2% do PIB nacional permanece, porém, entre as mais negativas da Zona Euro.
A segunda leitura, também hoje divulgada, do índice PMI calculado pela Markit com base em inquéritos a gestores de compras sugere, por seu turno, que a retoma prossegue neste terceiro trimestre. O índice que mede a actividade económica na Zona Euro (indústria e serviços) subiu pelo quinto mês consecutivo, de 50,5 em Julho para 51,5 em Agosto (a primeira leitura apontava para 51,7), o que continua a traduzir o máximo desde Junho de 2011 (de há 26 meses), acima das expectativas dos analistas.
(notícia actualizada às 11h10 com informação sobre evolução do PMI)